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Bayer muda escritório da divisão farmacêutica dos EUA para o Brasil

Junto com a transição geográfica, a empresa pretende mudar o portfólio, com maior foco em produtos de alta complexidade e clientes institucionais

Bayer: Brasil é o segundo maior mercado da empresa no mundo (Paulo Whitaker/Reuters)

Bayer: Brasil é o segundo maior mercado da empresa no mundo (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2020 às 18h03.

Última atualização em 15 de janeiro de 2020 às 18h04.

O Brasil passará a ser mais importante na estratégia da química alemã Bayer. A empresa anunciou nesta quarta-feira 15 a transferência para a cidade de São Paulo do escritório regional da divisão farmacêutica da empresa na América Latina.

O escritório da divisão, embora cuidasse das operações referentes aos países latino-americanos, ficava até então situado na cidade de Whippanny, no estado de Nova Jersey, nos Estados Unidos.

Com a mudança, o então presidente da divisão farmacêutica da Bayer no Brasil, Adid Jacob, passa a liderar também a operação em toda a América Latina. O presidente da divisão para as Américas, que inclui também Estados Unidos e Canadá, segue sendo o executivo Sebastian Guth.

Junto com a transição geográfica, a empresa afirmou que pretende mudar também o portfólio, com maior foco em produtos de alta complexidade, como voltados ao tratamento de câncer. Os produtos serão mais voltados a clientes institucionais, com governos e operadoras de saúde. A divisão farmacêutica da Bayer é conhecida sobretudo pela produção de anticoncepcionais.

O Brasil é o segundo maior mercado do grupo Bayer no mundo e representa metade do faturamento na América Latina. A receita da empresa na América Latina fechou em 710 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2019, até setembro, último período com resultados divulgados.

Além do braço farmacêutico, a Bayer tem também produtos na área agrícola. A empresa alemã comprou em 2016 a concorrente americana Monsanto, especializada em sementes transgênicas, fertilizantes e pesticidas. O negócio foi concluído no ano passado e a marca Monsanto, com históricos de processos pela fabricação de produtos considerados cancerígenos, foi descontinuada.

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