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Desastre de Brumadinho foi por liquefação estática, diz relatório da Vale

O relatório, divulgado pela companhia nesta quinta-feira, afirma ainda que não houve atividade sísmica ou registro de detonações antes do desastre

Brumadinho: especialistas citam pontos que incluem "falta de drenagem interna significativa que resultou em um nível de água alto na barragem" (Rodney Costa/Getty Images)

Brumadinho: especialistas citam pontos que incluem "falta de drenagem interna significativa que resultou em um nível de água alto na barragem" (Rodney Costa/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 12 de dezembro de 2019 às 09h37.

Última atualização em 12 de dezembro de 2019 às 10h52.

São Paulo —Um painel de especialistas contratado pela mineradora Vale para avaliar causas técnicas do rompimento de uma barragem da companhia em Brumadinho (MG) em janeiro, que deixou mais de 250 mortos, apontou em relatório que o incidente foi causado pela "liquefação estática dos rejeitos" na estrutura.

O relatório, divulgado pela companhia nesta quinta-feira (12), afirma ainda que não houve atividade sísmica ou registro de detonações antes do desastre e que "nenhum dos dispositivos de monitoramento detectou precursores do rompimento".

"A experiência com rompimentos anteriores de barragens de rejeitos mostra que eles raramente se devem a uma só causa", afirmou o documento, listando uma série de fatores que teriam ao longo do tempo criado condições de instabilidade na barragem.

Os especialistas citam pontos que incluem "falta de drenagem interna significativa que resultou em um nível de água alto na barragem", principalmente na região do pé da estrutura, além de alto teor de ferro, que gerou rejeitos rígidos com "comportamento potencialmente muito frágil se sujeitos a um gatilho" e "precipitação regional alta e intensa na estação chuvosa".

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