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Baosteel mantém preços de aço em maio após 5 meses de altas

Movimentos de preços da companhia normalmente definem o tom no setor e sua decisão de manter os preços para maio reflete a incerteza sobre a demanda


	Siderúrgica na China: está será a primeira vez em seis meses em que não haverá reajuste nos preços do aço
 (China Daily/Reuters)

Siderúrgica na China: está será a primeira vez em seis meses em que não haverá reajuste nos preços do aço (China Daily/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2013 às 11h41.

Xangai - A Baoshan Iron & Steel (Baosteel), maior produtora de aço da China com ações em bolsa, afirmou nesta quinta-feira que vai manter os preços de seus principais produtos para reservas em maio, na primeira vez em seis meses em que não haverá reajuste.

Os movimentos de preços da companhia normalmente definem o tom no setor e sua decisão de manter os preços para maio reflete a incerteza sobre a demanda apesar da China entrar na temporada de maior consumo de aço.

Os preços para bobina laminada a quente, usada principalmente no setor industrial, e para a bobina laminada a frio, utilizada principalmente por fabricantes de automóveis, ficarão estáveis em maio, disse a Baosteel.

"Isso definitivamente mostra que as grandes usinas ainda estão incertas sobre a demanda de aço no segundo trimestre. Algumas usinas podem ampliar produção e as encomendas estão crescendo gradualmente, mas os estoques de aço detidos pelas usinas ainda estão em níveis muito altos", disse um operador do mercado siderúrgico baseado em Xangai.

"Há muito ceticismo no mercado e preocupações de que a recuperação sazonal não será tão forte quanto o esperado." Os estoques de aço detidos pelos maiores produtores da China ficaram perto de níveis recordes de quase 15 milhões de toneladas em meados de março, refletindo a lentidão da demanda.

Apesar das encomendas fracas, as usinas da China têm produzido mais de 2 milhões de toneladas de aço por dia desde meados de fevereiro. .

Com a produção de aço da China estimada num ritmo anualizado de 771 milhões de toneladas, oito por cento acima do recorde registrado em 2012, há preocupações de que uma piora no cenário de excesso de oferta poderá atingir novamente os preços e levar os produtores de volta a prejuízos.

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