Negócios

Cade investiga quatro bancos por suposta discriminação ao Nubank

Processo foi aberto para investigar se as instituições estariam dificultando o acesso ao débito automático para os clientes da fintech

Nubank: clientes da fintech podem estar tendo pagamentos dificultados pelos bancos concorrentes (Nubank/Divulgação)

Nubank: clientes da fintech podem estar tendo pagamentos dificultados pelos bancos concorrentes (Nubank/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de abril de 2019 às 19h24.

Última atualização em 22 de abril de 2019 às 19h36.

Brasília - A superintendência-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abriu processo contra quatro bancos por suposta discriminação ao Nubank. Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Santander são alvo do processo, que investiga se as instituições estariam dificultando o acesso ao débito automático para os clientes da fintech.

O processo foi aberto depois de indícios levantados em investigação do conselho que começou em março do ano passado. Segundo parecer da superintendência, o débito automático é considerado uma facilidade para os correntistas pagarem as faturas de cartões de crédito. "A não disponibilização do produto para clientes do Nubank pode trazer prejuízos à plataforma, dificultando a manutenção ou captação de novos clientes no mercado", afirmou o Cade.

O inquérito aberto no ano passado também investigava se os bancos estariam dificultando que a Nubank tivesse acesso a extratos de transações de seus correntistas, mas a superintendência concluiu que não há elementos que indiquem que isso está acontecendo.

A superintendência irá agora aprofundar a investigação, o que inclui abrir prazo para que os bancos apresentem defesas. O departamento então dará um parecer sobre o caso - que pode ser pela condenação ou arquivamento - e enviará o processo para o tribunal do conselho, que é o responsável pela decisão final. Não há prazo para que isso ocorra.

Acompanhe tudo sobre:BancosNubankcartoes-de-debito

Mais de Negócios

Como a escassez de avelã na Turquia pode ameaçar a Nutella pelo mundo

Eles se demitiram e foram morar em Pipa. De lá, criaram uma empresa global

Novo clube dos US$ 200 bilhões: seis homens dobram marca histórica

Kibon quer ter o melhor verão da história. Para isso, faz até "sorvetaço"