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Bancos dos EUA querem revisar regras sobre lavagem de dinheiro

A associação porta-voz dos bancos há tempos levanta preocupações sobre a eficácia das regras atuais, mas esta será a primeira vez que o grupo pede mudanças

Lavagem de dinheiro: a proposta irá preparar terreno para esforços intensos de lobby (Adam Gault/Thinkstock)

Lavagem de dinheiro: a proposta irá preparar terreno para esforços intensos de lobby (Adam Gault/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 16 de fevereiro de 2017 às 13h22.

Os maiores bancos dos Estados Unidos irão propor uma revisão completa de como instituições financeiras investigam e relatam possíveis atividades criminosas, argumentando que regras impostas nos anos após os ataques de 11 de setembro de 2001 e fortalecidas durante o governo Obama são onerosas e ineficazes, disseram fontes.

A Clearing House, associação comercial que representa os maiores bancos norte-americanos, incluindo Goldman Sachs, JPMorgan Chase & Co e Bank of America, há tempos levanta preocupações sobre a eficácia das regras atuais, mas esta será a primeira vez que o grupo pede publicamente mudanças.

A proposta, que pode ser publicada ainda nesta quinta-feira, irá preparar terreno para esforços intensos de lobby tendo como alvo reguladores bancários e membros dos comitês financeiros do Senado e Câmara dos Deputados.

O presidente Donald Trump disse querer cortar regulamentações para Wall Street.

Para impedir que traficantes de drogas e terroristas lavem dinheiro através do sistema financeiro dos EUA, a lei federal ordena que funcionários de bancos preencham um Relatório de Atividade Suspeita com autoridades caso suspeitem que transações possam ser parte de um crime.

Diante de multas recordes nos anos recentes por falhas em alertar autoridades sobre atividades criminosas, bancos dizem que agora relatam mais que o necessário, preenchendo centenas de milhares de relatórios por medo de multas de reguladores.

"Agora falamos aos bancos para preencherem um (relatório) em tudo que possa ser criminoso", disse o presidente-executivo da fabricante de softwares de compliance Giant Oak, Gary Shiffman. "Mas quando tudo é uma prioridade, nada acaba sendo uma prioridade".

O número de relatos de atividades suspeitas subiu de 669 mil em 2013 para quase um milhão em 2016, de acordo com a Rede de Execução de Crimes Financeiros do Tesouro dos EUA, que executa regras contra lavagem de dinheiro e recolhe dados sobre transações suspeitas em bancos no país.

Cumprir as regras contra lavagem de dinheiro, incluindo a mão de obra necessária para preenchimento de relatórios de atividades suspeitas, custa às companhias norte-americanas até 8 bilhões de dólares por ano, segundo estimativa em relatório do ano passado da Heritage Foundation.

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