Negócios

Bancos de investimentos assessoram fusão entre Heinz e Kraft

A Lazard e a Centerview Partners ganharam o maior negócio do ano até o momento, a fusão da H.J. Heinz e da Kraft Foods


	Macarrão da Kraft e ketchup da Heinz: Lazard e Centerview foram os únicos bancos de investimentos que assessoraram as duas empresas no negócio
 (Brendan McDermid/Reuters)

Macarrão da Kraft e ketchup da Heinz: Lazard e Centerview foram os únicos bancos de investimentos que assessoraram as duas empresas no negócio (Brendan McDermid/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de março de 2015 às 17h13.

A Lazard e a Centerview Partners têm apenas uma fração dos funcionários e dos recursos de seus pares maiores de bancos de investimento, como Goldman Sachs e JPMorgan.

Mas os bancos de investimentos independentes ganharam o maior negócio do ano até o momento, a fusão da H.J. Heinz e da Kraft Foods, valendo-se de sua expertise e de relações pessoais com executivos das companhias.

Lazard e Centerview foram os únicos bancos de investimentos que assessoraram as duas empresas no negócio anunciado na quarta-feira. A Lazard poderia lucrar até 66 milhões de dólares em taxas e a Centerview até 97 milhões de dólares, de acordo com estimativas da empresa de consultoria Freeman & Co.

A Lazard possui uma relação de longo prazo com a empresa de private equity brasileira 3G Capital Partners, coproprietária da Heinz com a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett. A Centerview trabalhou anteriormente com a Kraft e a Heinz.

Os grandes bancos vendem suas capacidades de financiamento, bem como suas proezas com o objetivo ganhar grandes contratos de fusões e aquisições.

Já os bancos de investimento independentes argumentam que seu modelo coloca menos conflitos de interesse do que o de bancos de serviço completo, que muitas vezes procuram produtos de venda cruzada para clientes.

A Centerview, cofundada em 2006 pelo ex-vice chairman do UBS, Blair Efron, e o ex-presidente da Wasserstein Perella & Co, Robert Pruzan, tem apenas 200 empregados.

A Lazard empregava cerca de 2.500 pessoas em 31 de dezembro.

O negócio entre a Heinz e a Kraft, envolvendo troca de ações e adoçada por um dividendo financiado pela Berkshire Hathaway e pela 3G, não requer financiamento bancário e, portanto, não há necessidade de envolvimento de grandes empresas.

Acompanhe tudo sobre:Alimentaçãobancos-de-investimentoEmpresasEmpresas americanasFusões e AquisiçõesKraft Heinz

Mais de Negócios

'E-commerce' ao vivo? Loja física aplica modelo do TikTok e fatura alto nos EUA

Catarinense mira R$ 32 milhões na Black Friday com cadeiras que aliviam suas dores

Startups no Brasil: menos glamour e mais trabalho na era da inteligência artificial

Um erro quase levou essa marca de camisetas à falência – mas agora ela deve faturar US$ 250 milhões