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Daniela Barbosa
Publicado em 15 de maio de 2013 às 11h55.
São Paulo – O Banco Votorantim registrou prejuízo de 278 milhões de reais no primeiro trimestre, mas deve sair do vermelho ainda neste ano. Em 2013 também, a instituição financeira vai retornar às concessionárias com oferta de financiamento de veículos, mas, a partir de agora, com a supervisão do Banco do Brasil – seu sócio desde 2008 e com 49% de participação no negócio.
Segundo Ivan Monteiro, vice-presidente de gestão financeira e relações com investidores do BB, o Votorantim deve apresentar lucro talvez no terceiro ou mais tardar no quarto trimestre de 2013. “O prejuízo do banco foi menor no primeiro trimestre na comparação com o período anterior e deve ser menor ainda no próximo, até voltar à lucratividade”, afirmou o executivo, em coletiva com a imprensa sobre os resultados financeiros do BB, nesta quarta-feira.
Sobre o aumento da oferta de financiamento de veículos nas concessionárias, Monteiro afirmou que a partir de agora, os produtos oferecidos seguirão os padrões do Banco do Brasil. “Hoje, nossos clientes têm ido às lojas e retornado ao banco para pegar o empréstimo. O que vamos fazer é facilitar a vida deles, sempre seguindo a nossa metodologia de crédito”, afirmou o executivo. Atualmente, boa parte dos financiamentos feitos pelo Votorantim vem de lojas multimarcas de veículos.
Resultados
A carteira de financiamento de veículos do BB atingiu 11,7 bilhões de reais no final de março deste ano, 154,3% maior na comparação com o mesmo período do ano passado. Em contrapartida, a inadimplência do banco caiu 0,2 pontos percentuais na mesma base de comparação, atingindo 2% para índices de operação vencidos há mais de 90 dias. Excluindo as operações do Votorantim, a taxa ficou ainda menor, em 1,74% no período.
O Banco do Brasil somou lucro de 2,6 bilhões de reais no primeiro trimestre do ano, alta de 4,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. A carteira total de crédito do banco atingiu 592,7 bilhões de reais em março, crescimento de 25,6% na mesma base de comparação. Os ativos do banco cresceram 16,8% no primeiro trimestre e atingiram 1,1 trilhão de reais.