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Banco Votorantim lucra R$ 140 milhões no 2º trimestre

Trata-se do terceiro resultado azul consecutivo apresentado pela instituição, que, em um ano, reverteu o prejuízo de R$ 196 milhões


	Votorantim: carteira de crédito classificada caiu 4,8% ante um ano
 (Divulgação/EXAME)

Votorantim: carteira de crédito classificada caiu 4,8% ante um ano (Divulgação/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2014 às 12h18.

São Paulo - O Banco Votorantim (BV) teve lucro líquido de R$ 140 milhões no segundo trimestre deste ano, cifra 7,9% menor que a vista nos três meses imediatamente anteriores, de R$ 152 milhões. Trata-se do terceiro resultado azul consecutivo apresentado pela instituição. Em um ano, o banco reverteu o prejuízo de R$ 196 milhões.

No primeiro semestre, o Votorantim registrou lucro líquido R$ 292 milhões contra prejuízo de R$ 474 milhões na primeira metade de 2013. O Votorantim vai seguir trabalhando no segundo semestre, conforme o documento, na consolidação do lucro líquido.

Em 2015, de acordo com o banco, o foco será no aumento da rentabilidade sobre o capital. Em coletiva de imprensa no trimestre passado, Ivan Monteiro, vice-presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores do BB, havia antecipado a busca pelo retorno "possível" agora que o banco voltou a dar lucro.

A carteira de crédito classificada do Votorantim alcançou R$ 53,055 bilhões ao final de junho, queda de 4,8% ante um ano e de 1,4% em 12 meses. No conceito, "ampliada gerenciada", que inclui avais, fianças e outros, a cifra ficou em R$ 71,431 bilhões, queda de 12,8% e 2,6%, respectivamente.

Os ativos totais do Votorantim somaram R$ 96,284 bilhões ao final de junho último, recuo de 14,0% em um ano e de 8,0% ante março. O patrimônio líquido do banco foi a R$ 7,587 bilhões, aumento de 6,4% e 3,4%, respectivamente.

A inadimplência gerenciada do Votorantim, considerando atrasos acima de 90 dias, subiu de 6,2% em março para 6,5% em junho. No conceito "classificada", avançou de 6,3% para 6,7%.

O aumento na carteira gerenciada, segundo o BB, ocorreu principalmente por caso pontual do atacado (sem mais detalhes). "Desconsiderando esse caso, a inadimplência consolidada teria encerrado junho em 5,5%, 20 pontos base inferior a junho de 2013", acrescentou a instituição, em relatório.

Mesmo com uma inadimplência maior, as despesas consolidadas com provisões (PCLD), líquidas de receitas de recuperação de crédito, reduziram 26,7% sobre o primeiro trimestre e 33,1% no comparativo do primeiro semestre em um ano.

"Esta redução está principalmente relacionada ao aumento da participação das safras de melhor qualidade - originadas até junho de 2010 e após setembro de 2011, que representavam 81% da carteira de crédito gerenciada de veículos em junho último", destaca o BB.

O índice de Basileia do Votorantim, que mede o quanto o banco pode emprestar sem comprometer o seu capital, atingiu 15,1% ao final de junho ante 14,5% em março e 13,9% em um ano. O mínimo exigido pelo Banco Central é de 11%.

"Continuaremos avançando na transição para nossa nova agenda de crescimento, baseada em três pilares principais: rentabilização dos negócios atuais, aumento da eficiência operacional e aprofundamento das sinergias com o Banco do Brasil", destaca o Votorantim, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras. Nesta semana, Banco do Brasil e Votorantim anunciaram uma parceria com foco em crédito consignado.

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