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Banco Pan eleva prejuízo do 4º tri a R$182,9 mi

Resultado foi impactado pela sua adesão ao Refis e provisionamento para contingências cíveis


	Fachada de banco Panamericano: o Refis teve resultado positivo de 29,2 milhões de reais e impacto negativo de 175,2 milhões de reais em razão da "não ativação do prejuízo fiscal decorrente da referida adesão"
 (Bloomberg)

Fachada de banco Panamericano: o Refis teve resultado positivo de 29,2 milhões de reais e impacto negativo de 175,2 milhões de reais em razão da "não ativação do prejuízo fiscal decorrente da referida adesão" (Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 08h22.

São Paulo - O banco Pan, ex-banco PanAmericano, aumentou o prejuízo líquido do quarto trimestre para 182,9 milhões de reais, ante perda de 38,4 milhões de reais em igual etapa de 2012, num resultado impactado pela sua adesão ao Refis e provisionamento para contingências cíveis, além de menor margem financeira.

O banco informou na noite de segunda-feira que a adesão ao regime de incentivo a quitação de dívidas promovido pelo governo federal, o Refis, teve resultado positivo de 29,2 milhões de reais e impacto negativo de 175,2 milhões de reais em razão da "não ativação do prejuízo fiscal decorrente da referida adesão".

A instituição financeira controlada pelo BTG Pactual também citou o pagamento de honorários jurídicos de 3,7 milhões de reais e a provisão para contingências cíveis no valor de 50,2 milhões de reais para justificar a última linha do balanço.

Do lado dos eventos não recorrentes com efeito positivo, o Pan registrou entrada líquida de 48,9 milhões de reais com o acordo judicial para encerramento do litígio em relação a CDBs de sua emissão.

Ajustado o resultado do período, o banco teve prejuízo de 31,9 milhões de reais entre outubro e dezembro.

A margem financeira líquida da instituição caiu para 11,6 por cento no trimestre, ante 17 por cento no mesmo período de 2012 e 12,9 por cento no trimestre imediatamente anterior.

Em comunicado, o Pan afirmou que a diminuição foi reflexo da elevação das taxas de juros ao longo do ano passado. "Como o repasse desta alta às taxas praticadas nas operações de crédito não é imediato, há uma pressão negativa temporária na margem financeira", disse o banco.


O Pan encerrou o ano com uma carteira total de crédito de 15,68 bilhões de reais, crescimento de 14 por cento na comparação anual. Segundo o banco, o crédito para pessoas físicas respondeu por 78,5 por cento do total, ante 80,5 por cento um ano antes, "mostrando diversificação ligeiramente maior de negócios".

No período, as despesas de pessoal, tributárias e administrativas chegaram a 416,8 milhões de reais, alta de 6,2 por cento sobre o mesmo trimestre de 2012, enquanto as despesas para provisão de créditos de liquidação duvidosas caíram 27,6 por cento, a 245,7 milhões de reais.

"Estamos alcançando nas novas safras a qualidade de crédito que havíamos planejado, o que deverá se refletir no futuro em melhores indicadores de despesas e saldo de PDD (provisão para devedores duvidosos) sobre a carteira de crédito", disse o presidente do banco, José Luiz Acar, em comunicado.

No consolidado do ano, o Pan diminuiu o prejuízo para 151,7 milhões de reais, em relação ao resultado negativo de 496 milhões de reais registrado em 2012.

O patrimônio líquido consolidado do banco atingiu 2,3 bilhões de reais no final de 2013, com índice de Basileia em 13,4 por cento.

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