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Banco do Brasil terá R$ 7 bi a mais para emprestar

Conselho Monetário Nacional alterou a destinação dos recursos depositados nas cadernetas de poupança rural

Banco do Brasil: decisão do CMN reduziu o direcionamento obrigatório dos depósitos da poupança rural para o crédito do campo, de 65% para 60% (Pilar Olivares/Reuters)

Banco do Brasil: decisão do CMN reduziu o direcionamento obrigatório dos depósitos da poupança rural para o crédito do campo, de 65% para 60% (Pilar Olivares/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de dezembro de 2017 às 08h23.

Última atualização em 1 de dezembro de 2017 às 08h27.

Brasília - O Banco do Brasil terá quase R$ 7 bilhões extras para emprestar livremente aos clientes. O espaço para as novas operações foi criado ontem pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) que alterou a destinação dos recursos depositados nas cadernetas de poupança rural, segmento em que o BB tem 92% do mercado.

A decisão reduziu o direcionamento obrigatório dos depósitos da poupança rural para o crédito do campo, de 65% para 60%. Ao mesmo tempo, aumentou a fatia que pode ser aplicada livremente, de 14% para 19%.

A medida foi tomada porque há recursos excedentes na oferta de financiamento rural diante da maior captação em outras duas fontes: depósitos à vista e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA).

O CMN também fixou pela primeira vez o limite global para as operações de crédito bancário com órgãos e entidades do setor público em 2018.

O limite será de R$ 24 bilhões, sendo até R$ 17 bilhões em operações com garantia da União e R$ 7 bilhões sem garantia.

O limite leva em conta as metas da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e não gera impacto fiscal para a União. Em 2017, o limite foi de R$ 17 bilhões com garantia e R$ 3 bilhões sem garantia.

O CMN também alterou as regras de aplicação de fundos de pensão brasileiros no exterior. A resolução faz parte do esforço do governo brasileiro em promover a liberalização dos fluxos de capitais, tendo em vista a candidatura de ingresso do Brasil na OCDE. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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