Negócios

Banco do Brasil tem lucro de R$2,829 bi no 2º trimestre

Maior banco do país em ativos também alterou algumas projeções para 2014


	Banco do Brasil: lucro ajustado da maior instituição financeira do país foi de 3,002 bilhões de reais no período
 (Adriano Machado)

Banco do Brasil: lucro ajustado da maior instituição financeira do país foi de 3,002 bilhões de reais no período (Adriano Machado)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2014 às 08h41.

São Paulo - O Banco do Brasil encerrou o segundo trimestre com resultado acima do esperado pelo mercado, apesar de aumento da taxa da inadimplência e de provisões para perdas com calotes. O maior banco do país em ativos também alterou algumas projeções para 2014.

O banco teve lucro líquido contábil de 2,829 bilhões de reais, um recuo sobre os 7,472 bilhões registrados no segundo trimestre do ano passado, quando o resultado foi catapultado pela bilionária oferta pública inicial de ações (IPO) da BB Seguridade.

Porém, em termos recorrentes, o lucro líquido do BB teve alta anual de 14 por cento, a 3,002 bilhões de reais, ficando acima da previsão média de analistas consultados pela Reuters, de 2,579 bilhões.

A instituição terminou o trimestre passado com índice de inadimplência em operações vencidas há mais de 90 dias de 1,99 por cento, acima dos 1,97 por cento dos três primeiros meses de 2014 e dos 1,87 por cento vistos um ano antes. O indicador futuro de calotes, que mede operações vencidas há mais de 60 dias, também subiu na comparação anual, passando de 2,20 para 2,37 por cento.

A carteira de crédito ampliada fechou junho a 718,754 bilhões de reais, subindo 12,5 por cento em 12 meses e 2,8 por cento sobre março. A carteira no Brasil somou 665,553 bilhões de reais, crescimento anual de 13,8 por cento. A previsão do BB para 2014 é de crescimento de 14 a 18 por cento, estimativa que foi mantida pela instituição após o resultado do segundo trimestre.

Porém, o BB reviu sua projeção para o comportamento da margem financeira bruta de 2014, que foi elevada de alta de 3 a 7 por cento para 5 a 9 por cento, após ter fechado o primeiro semestre com crescimento anual de 7,2 por cento.

O banco também melhorou a projeção para a rentabilidade sobre patrimônio líquido (RSPL) ajustado este ano, de 12 a 15 por cento para 14 a 17 por cento. No segundo trimestre, esta linha terminou em 17,1 por cento, acima dos 16,4 por cento registrados um ano antes.

Mas a estimativa para as rendas com tarifas foi reduzida, de crescimento de 9 a 12 por cento este ano para expansão de 6 a 9 por cento, diante de "estratégia de fidelização no relacionamento com clientes e redução das operações de mercado de capitais", afirmou o BB no balanço.

No trimestre passado, as receitas com tarifas avançaram 4,2 por cento ante igual trimestre de 2013, para 6,169 bilhões de reais. As despesas com pessoal subiram 6,4 por cento e outros gastos administrativos subiram 7,7 por cento. No período, o Banco do Brasil reduziu seu quadro de funcionários em 2,17 mil, para 111.547 trabalhadores.

As provisões para perdas com inadimplência somaram 4,570 bilhões de reais no trimestre passado, altas de 8,4 por cento na comparação anual e de 9,2 por cento sobre os três primeiros meses de 2014.

O BB terminou o primeiro semestre com índice de Basileia de 14,19 por cento, abaixo dos 15,92 por cento de um ano antes, mas melhor que os 13,84 por cento ao final de março. O banco informou nesta quinta-feira que está negociando com o ministério da Fazenda adequação de instrumentos híbrido de dívida emitido no final de setembro de 2012 como capital principal.

O conselho de administração do BB aprovou distribuição de 216,42 milhões de reais em dividendos.

Atualizado às 8h41

Acompanhe tudo sobre:BalançosBancosBB – Banco do BrasilEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasLucro

Mais de Negócios

'E-commerce' ao vivo? Loja física aplica modelo do TikTok e fatura alto nos EUA

Catarinense mira R$ 32 milhões na Black Friday com cadeiras que aliviam suas dores

Startups no Brasil: menos glamour e mais trabalho na era da inteligência artificial

Um erro quase levou essa marca de camisetas à falência – mas agora ela deve faturar US$ 250 milhões