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Banco do Brasil busca aquisições na Colômbia, Peru e Chile

O BB afirmou que quer aproveitar o crescimento econômico da região e a internacionalização das empresas nacionais para aumentar a presença em com fortes laços comercias

Agência do banco do brasil em Tóquio: próximo alvo é a América Latina (Divulgação)

Agência do banco do brasil em Tóquio: próximo alvo é a América Latina (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2011 às 17h43.

São Paulo - O Banco do Brasil SA, a maior instituição financeira da América Latina por ativos, avalia a possibilidade de aquisições na Colômbia, Peru e no Chile para atrair novos clientes corporativos e expandir negócios com empresas brasileiras na região.
“Como nós somos o maior banco na América Latina, nós temos o interesse de ter uma posição relevante em outros mercados”, disse Allan Toledo, vice-presidente de negócios internacionais, atacado e private banking do BB, em entrevista por telefone ontem.

O BB está aproveitando o crescimento econômico da região e a internacionalização das empresas do País para aumentar a presença em países com que o Brasil tem fortes laços comercias. O Fundo Monetário Internacional estima que o crescimento da América Latina será de 4,7 por cento este ano, abaixo dos 6,1 por cento em 2010. A Argentina, o Chile e o Peru devem ter a expansão acima da média. A previsão é que o Produto Interno Bruto do Peru atinja 7,5 por cento este ano, depois do crescimento de 8,8 por cento no ano passado, segundo o fundo.

O lucro do BB aumentou com a melhora do nível de desemprego e a expansão do consumo, que impulsionaram a demanda por crédito. O lucro líquido no primeiro trimestre chegou a R$ 2,92 bilhões, uma alta de 42 por cento em relação ao mesmo período do ano passado, disse o banco em 10 de maio.

Aquisição na Argentina

Em abril de 2010, o BB comprou o Banco Patagonia SA, terceiro maior banco da Argentina em valor de mercado, por US$ 480 milhões. Foi a primeira aquisição internacional. A instituição brasileira quer criar mais 70 agências do Banco Patagonia nos próximos quatro anos.
O crédito para empresas no Banco Patagonia cresceu 77 por cento para US$ 1,5 bilhões nos últimos 12 meses.

O BB quer que todas as empresas brasileiras com operações na Argentina sejam clientes do banco. Entre eles, estão a Odebrecht SA, empresa de construção brasileira que tem maior participação no mercado argentino, e a Loma Negra Compania Industrial Argentina, maior produtor de cimentos do país, que é parte do grupo brasileiro Camargo Correa SA.


Negociações com o Corpbanca

No Chile, o Banco do Brasil ainda tem interesse de comprar uma participação no Corpbanca, o sexto maior credor do Chile, disse Toledo. Ele acrescentou que há outras oportunidades no país andino, apesar dos ativos serem mais caros em relação aos demais mercados da região, o que irá requerer mais negociações.

A Colômbia é um mercado “muito interessante” por ter uma população maior que 40 milhões de habitantes e possibilidades de expansão econômica, disse o vice-presidente.

O BB também esta expandindo para os Estados Unidos, onde vivem cerca de 1,5 milhões de brasileiros. Em abril o banco acertou a compra do EuroBank, sediado no estado da Flórida, por US$ 6 milhões.

O banco planeja investir US$ 25 milhões nos EUA para abrir 20 agências em até cinco anos, e pode fazer mais aquisições para atingir essa meta, disse Toledo em 25 de abril. A instituição financeira que aumentar o número de clientes nos EUA dos atuais 15.000, número aproximado do EuroBank, para 400.000 em até cinco anos, disse Toledo.

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