Alberto Oppata, produtor rural de Tomé-Açu (PA), recebeu apoio do Banco da Amazônia para fortalecer e expandir seu negócio. (Banco da Amazônia/Divulgação)
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Publicado em 12 de novembro de 2025 às 18h19.
Última atualização em 12 de novembro de 2025 às 18h19.
Na região que abriga a maior floresta tropical do planeta, um novo modelo de desenvolvimento ganha corpo. A Amazônia desponta como polo de inovação em economia verde, unindo biodiversidade, inclusão social e crescimento sustentável.
Com 59% do território brasileiro, a região concentra ativos naturais estratégicos e um imenso potencial econômico. Segundo a WRI Brasil, a transição para uma economia de baixo carbono e sem desmatamento pode gerar até 833 mil novos empregos em bioeconomia e restauração até 2050. Hoje, o PIB da bioeconomia amazônica é estimado em R$ 12 bilhões — e tende a crescer à medida que políticas públicas e investimentos sustentáveis avançam.
No centro desse movimento está o Banco da Amazônia, que há mais de oito décadas converte o potencial natural da região em atividades produtivas sustentáveis. Como principal agente financeiro do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), a instituição desempenha papel decisivo no fomento a cadeias que conciliam conservação e desenvolvimento.
Em 2024, o banco registrou recorde histórico em crédito sustentável, com destaque para linhas voltadas à produção de baixo carbono, transição energética e economia da floresta. Foram R$ 15,6 bilhões em financiamentos, dos quais R$ 7,7 bilhões (49,4%) destinados a empreendimentos com finalidade ambiental. Só no primeiro semestre de 2025, as chamadas “Linhas Verdes” somaram R$ 5,6 bilhões — alta de 23% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Mais do que ampliar o volume de crédito, a instituição desenvolveu uma metodologia própria, que incorpora critérios sociais e ambientais em todos os processos de concessão, em sintonia com padrões internacionais de finanças sustentáveis. O modelo reforça o papel do banco na agenda de descarbonização e no combate às mudanças climáticas.
Do cacau orgânico no Pará ao manejo sustentável de açaizais, passando pela energia solar, biomassa e turismo de base comunitária, o Banco da Amazônia financia iniciativas que traduzem o potencial econômico da conservação. Cada operação segue o princípio de produzir mais, preservando sempre.
Ao apoiar produtores, cooperativas e startups com práticas sustentáveis, o banco fortalece cadeias produtivas, amplia a inclusão social e estimula o desenvolvimento regional.
A digitalização também faz parte dessa transformação. Com sistemas baseados em inteligência artificial para análise de risco socioambiental e atendimento remoto, o banco vem alcançando comunidades antes fora do sistema financeiro formal.
O objetivo é claro: consolidar a região Norte como polo de finanças sustentáveis da América Latina, atraindo capital nacional e internacional para projetos de impacto ambiental e social mensurável.
Na prática, o avanço do crédito verde mantém a floresta em pé, gera renda para milhares de famílias e impulsiona negócios que fazem da Amazônia um exemplo vivo de prosperidade sustentável.