Albânia: acusados supostamente substituíram cédulas roubadas por livros (Pudelek/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2014 às 14h16.
Tirana - A polícia da Albânia prendeu nesta quarta-feira dois funcionários do Banco da Albânia suspeitos de terem roubado em um prazo de quatro anos 713 milhões de lekë, cerca de cinco milhões de euros (R$ 15 milhões).
A descoberta do roubo foi mantida em segredo durante mais de uma semana pelas autoridades bancárias e revelada ontem à noite após uma reunião do Conselho de Supervisão do banco nacional albanês.
"Após a conclusão do inventário de todas as cédulas dos depósitos do Banco da Albânia, constatou-se a ausência de 713 milhões de lekë, dos quais 143 milhões eram de cédulas que seriam destruídas", afirmou o banco em um comunicado.
Os dois funcionários presos foram acusados de roubo, abuso de poder e falsificação de documentos.
Durante os quatro últimos anos, Ardian Bitraj e seu cúmplice, Mimoza Bruzi, supostamente substituíram as cédulas roubadas por livros, que depositavam nas caixas onde se encontrava o dinheiro para que permanecessem com o mesmo peso.
O roubo foi descoberto na semana passada durante uma auditoria interna.
A promotoria interrogará nos próximos dias os dirigentes do banco, incluído o diretor, Ardian Fullani, pois suspeita que os dois acusados tinham cúmplices.
Por enquanto, não se sabe o paradeiro do dinheiro roubado e, segundo a imprensa albanesa, Bitraj declarou que gastou a quantia jogando em cassinos.
Este é o maior roubo registrado na Albânia após o ocorrido durante as revoltas de 1997, quando foram furtados 360 quilos de ouro em moedas e joias que faziam parte do Tesouro do Estado e que estavam depositadas nos túneis de Krrabe, nas cercanias da capital.