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Bancários e Febraban assinam acordo de combate ao assédio moral

Bancos vão se comprometer a combater o assédio e a valorizar um ambiente saudável

Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, HSBC e Citibank já aderiram ao acordo (GERMANO LUDERS)

Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, HSBC e Citibank já aderiram ao acordo (GERMANO LUDERS)

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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2011 às 13h04.

Brasília – A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e a Federação Nacional dos Bancos (Febraban) assinarão acordo, no próximo dia 26, com o intuito de combater o assédio moral nos locais de trabalho.

A informação foi divulgada hoje (19) pelo presidente da Contraf, Carlos Cordeiro, que comemora a adesão dos bancos à iniciativa e diz que se “trata de uma das principais conquistas” da Campanha Nacional dos Bancários do ano passado.

Segundo ele, o acordo aditivo ao Protocolo para Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho prevê adesão espontânea, já confirmada pelo Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, HSBC e Citibank.

Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal instalaram comitês de ética, no ano passado, para apurar denúncias de assédio moral.

Carlos Cordeiro diz que os bancos fixam "metas abusivas" para a venda de produtos, apelando para "situações de constrangimento e humilhações, que trazem estresse, adoecimento e depressão”. As doenças mentais, segundo ele, são uma das principais causas de afastamento do trabalho, e alguns bancos já foram condenados em ações judiciais a pagar pesadas indenizações.

No acordo, os bancos comprometem-se a declarar explicitamente condenação a qualquer ato de assédio e reconhecem que o objetivo é alcançar a valorização de todos os empregados, promovendo o respeito à diversidade, à cooperação e ao trabalho em equipe, em um ambiente saudável.

As denúncias, devidamente identificadas, devem ser feitas aos sindicatos, que terão prazo de dez dias úteis para apresentar o caso ao banco em questão. As instituições terão 60 dias corridos para apurar os fatos e prestar esclarecimentos ao sindicato. Denúncias anônimas continuarão a ser apuradas pelas entidades, mas fora das regras estabelecidas no acordo com os bancos.

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