B3: operadora de mercado divulgou resultado nesta quinta (8) (Leonardo Benassatto/Reuters)
Reuters
Publicado em 8 de agosto de 2019 às 18h30.
Última atualização em 8 de agosto de 2019 às 18h45.
São Paulo — O aumento do volume de negócios e a retomada do mercado doméstico de ofertas de ações ajudou a B3 ampliar suas receitas no segundo trimestre, porém efeitos tributários ligados à remuneração de acionistas e maiores despesas operacionais pressionaram o lucro do período.
A operadora de infraestrutura de mercado B3 anunciou nesta quinta-feira, 8, que teve lucro líquido atribuído aos acionistas de 654,8 milhões de reais, uma queda de 9,6% em relação ao obtido em igual período do ano passado.
A receita líquida do período cresceu 13,6% no comparativo anual, para 1,42 bilhão de reais. No relatório, o presidente-executivo da B3, Gilson Finkelsztain, atribuiu o movimento à alta do volume negociado e de ofertas de ações.
O resultado operacional da B3 medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) recorrente cresceu 2,9%, a 999,1 milhões de reais.
Porém, a última linha do resultado foi afetada negativamente pelo fato de a companhia ter pago volume menor de remuneração aos acionistas em juros sobre o capital próprio --395 milhões no de reais, ante 652 milhões na mesma etapa de 2018, o que resultou em piora no resultado com pagamento de impostos.
A linha de despesas também apontou uma alta de 27,8%, a 679,5 milhões de reais, sob efeito de ajuste nas provisões para processos judiciais e maiores despesas de pessoal com pagamento de remuneração baseada em ações.
A empresa também anunciou revisão em projeção de despesas ajustadas para 2019, da faixa de 1,03 bilhão a 1,08 bilhão de reais para 1,06 a 1,11 bilhão.