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Azul muda discurso e diz que TAM e Gol fazem o certo

David Neeleman, presidente da companhia, atenuou o discurso e disse que as duas companhias estão fazendo as "coisas certas" neste momento

Segundo Neeleman, que participou de evento realizado pela revista The Economist, no Rio, a Azul vem apresentando resultados trimestrais positivos (Getty Images)

Segundo Neeleman, que participou de evento realizado pela revista The Economist, no Rio, a Azul vem apresentando resultados trimestrais positivos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2012 às 16h47.

Rio de Janeiro - Depois de dizer, na quarta-feira, que a Gol e a TAM estariam "na contramão" do setor por terem anunciado redução de suas ofertas, o presidente do Conselho de Administração da Azul, David Neeleman, atenuou o discurso e disse, nesta quinta-feira, que as duas companhias estão fazendo as "coisas certas" neste momento. "Se eu fosse presidente da Gol ou da TAM eu faria a mesma coisa", declarou, lembrando o prejuízo registrado pelas duas companhias em 2011.

Segundo Neeleman, que participou de evento realizado pela revista The Economist, no Rio, a Azul vem apresentando resultados trimestrais positivos desde o terceiro trimestre de 2011. "Nos últimos três trimestres temos as melhores margens do Brasil", disse. Ele creditou o bom resultado ao fato de a companhia atuar fortemente em mercados pouco explorados e, senão com baixa, nenhuma concorrência.

O presidente do conselho revelou, porém, que o segundo trimestre de 2012 não está sendo tão positivo. O período costuma historicamente ser fraco para o setor aéreo. O executivo reafirmou a intenção de iniciar operações internacionais até o fim de 2012. A empresa teria interesse, em um primeiro momento, apenas no Mercosul, mercado que poderia atuar sem a necessidade de adquirir aeronaves maiores.

Dentro do Mercosul, diz Neeleman, a Azul vê como atraentes apenas os mercados do Uruguai e da Argentina, citando como Punta del Este e Bariloche. "Além da Argentina e do Uruguai, não tem muito sentido (iniciar operações). Não estou achando muitas pessoas no Brasil que queiram voar para a Bolívia". Neeleman voltou a descartar a abertura de capital da empresa neste momento, avaliando que as condições não são muito favoráveis. "Não temos pressa".

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