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Azul desiste de oferta pela Avianca Brasil e acusa rivais de protecionismo

Antes da decisão, a Azul tinha feito um acordo não vinculante de 105 milhões de dólares para compra de ativos da Avianca Brasil

Azul: disputa por ativos da Avianca cria uma crise entre as companhias aéreas (NurPhoto / Contributor/Getty Images)

Azul: disputa por ativos da Avianca cria uma crise entre as companhias aéreas (NurPhoto / Contributor/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 18 de abril de 2019 às 14h00.

Última atualização em 18 de abril de 2019 às 14h20.

São Paulo — O presidente-executivo da companhia aérea Azul, John Rodgerson, anunciou nesta quinta-feira a desistência da oferta pela compra de parte das operações da Avianca e acusou as rivais Gol e Latam de agirem para evitar a concorrência da ponte aérea São Paulo-Rio de Janeiro, a mais cobiçada do país.

"Nossa oferta não existe mais", disse Rodgerson a jornalistas no Palácio dos Bandeirantes, logo após o anúncio da operação de novas rotas nas cidades paulistas de Araraquara e de Guarujá.

No mês passado, a Azul assinou um acordo não vinculante de 105 milhões de dólares para compra de ativos da Avianca Brasil, incluindo slots em aeroportos e contratos de leasing de aviões da rival.

"É uma pena o que os nossos concorrentes estão fazendo, tentando evitar a concorrência na ponte aérea partindo de Congonhas, porque quem vai sair perdendo é o consumidor", disse Rodgerson.

A Gol e a Latam Airlines Brasil, afiliada da Latam Airlines, disseram no começo do mês que fariam ofertas de pelo menos 70 milhões de dólares por alguns ativos da Avianca Brasil, quarta maior companhia aérea do país e que pediu recuperação judicial em dezembro.

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