São Paulo – A maior companhia aérea finlandesa voou de Helsinki a Nova York usando óleo de cozinha reciclado misturado ao combustível tradicional. Ainda que seja só um conceito, pode ajudar estudos de biocombustíveis.
O voo da Finnair coincidiu com o painel de mudanças climáticas da ONU, que aconteceu na cidade americana no dia 23 de setembro. A demonstração de um continente ao outro durou nove horas.
Segundo a revista The Economist, a companhia não informou o porcentual de óleo que foi usado. Porém, para ser certificado, o combustível precisaria conter pelo menos 50% do tipo fóssil tradicional.
Parte do óleo usado provém de descartes de restaurantes. Antes de abastecer o avião, precisou ser filtrado para remover impurezas e refinado.
Trocar para um combustível ecológico pode reduzir emissões de CO2 de 50% a 80%, segundo nota da Finnair.
O combustível foi desenvolvipo pela SkyNRG Nordic – uma joint venture entre SnyNRG e Statoil Aviation. “É um biocombustível alternativo aos tradicionais, que reduz significativamente a emissão de gás, além de também ser sustentável”, diz Finnair.
A empresa também pretende construir um “centro de biocombustíveis” no aeroporto de Helsink, para estudar alternativas ecológicas, viáveis e que não ameacem a biodiversidade.
A companhia aérea já usa biocombustíveis desde 2011. No entanto, o combustível alternativo custa quase o dobro, não sendo ainda economicamente viável. O primeiro voo comercial a utilizar biocombustível foi um operado pela Virgin Atlantic em 2008, entre Londres e Amsterdã. 20% do combustível provinha de óleo de coco e de nozes.
Segundo o ministro finlandês para Desenvolvimento Internacional, Pekka Haavisto, a aviação é responsável por 2% das emissões de gases de efeito estufa.
“Se o preço de petróleo subir e biocombustíveis se tornarem mais baratos, espero que haja um dia em que seremos capazes de substituir ao menos parte dos combustíveis fósseis por alternativas feitas de materiais renováveis e reutilizados”, diz Haavisto.
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1. Torre de Climatologia, um médico para a cidade
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Designer(s): Yuan Hsiao-Sung, Yuko Ochiai, Jia-Wei Liu, Lin Hung-Hsieh
Origem: Japão e Taiwan Quando você se sente mal, você procura assistência médica. Mas e quando a cidade está doente, o que devemos fazer? A Torre de Climatologia é um arranha-céu projetado para ser um centro de pesquisa de clima urbano capaz de corrigir o meio ambiente por meio da engenharia mecânica. O projeto analisa microclimas dentro das cidades, a acumulação de edifícios e a escassez de espaços abertos e livres. Através de engenharia de controle ambiental, programas de avaliação avaliam uma variedade de fatores, como insolação, radiação e cobertura térmica. Em seguida, os sistemas mecânicos respondem para reduzir ou aumentar os níveis dessas condições ambientais.
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2. Hiperfiltro de poluição urbana
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Designer(s): Umarov Alexey
Origem: Rússia Este arranha-céu reconhece a ameaça da poluição atmosférica nas cidades. Ele é projetado para “inalar” dióxido de carbono e outros gases nocivos liberados pelo transporte urbano e indústrias. Em contrapartida, exala ar limpo. Sua cobertura consiste de tubulações longas com microfiltros que fazem a filtração. Enquanto o ar limpo é liberado para a atmosfera, todas as substâncias nocivas são armazenadas para serem usadas pela indústria química.
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3. Um prédio faminto por CO2
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Designers: Yuhao Liu, Rui Wu
Origem: Canadá Ao contrário de prédios convencionais, que contam com estrutura de aço e fundição de concreto, este arranha-céu sugere um método mais ecológico e alternativo de construção, que se baseia no conceito de captura de carbono. A captura de carbono é uma prática que retira o gás de efeito estufa da atmosfera a fim de atenuar sua concentração nociva. Um novo método recente que vem sendo estudado sugere a captura através de resinas de carbono especiais capazes de transformar o dióxido de carbono em material de construção sólido. Levando isso (muito) à frente, os designers Yuhao Liu e Rui Wu projetaram o “Propagate Skyscraper”, um arranha-céu que seria capaz de assimilar dióxido de carbono e usar esse gás para se auto propagar. Seu padrão de crescimento seria definido por fatores ambientais, como vento, chuvas, e quantidade de CO2 presente na atmosfera. Assim, cada estrutura resultante seria diferente da outra.
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4. Torres de areia 3D
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Designer(s): Qiu Song, Kang Pengfei, Bai Ying, Ren Nuoya, Guo Shen Origem: China O projeto Babel de Areia é um centro de pesquisa científica e de atrações turísticas no deserto. A parte principal de cada edifício é construída com areia, sintetizada por meio de uma impressora 3D alimentada por energia solar. Sua forma é inspirada em fenômenos naturais, como tornados, e em rochas cogumelo, uma formação comum em desertos. As torres possuem estrutura de esqueleto em espiral, que melhora a ventilação interna.
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5. Rainforest Guardian, o guardião da floresta
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Designer(s): Jie Huang, Wei Jin, Qiaowan Tang, Yiwei Yu, Zhe Hao
Origem: China Como seu nome sugere, o Rain Forest Guardian tem a missão de proteger a floresta. Não qualquer uma. Ele foi projetado para ficar na Amazônia, onde capturaria a água da chuva na estação chuvosa e irrigaria a terra durante a estação seca. Ele consiste em uma torre de coleta de água, uma estação de incêndio florestal, uma estação meteorológica, e laboratórios de pesquisa e educação científica. Em caso de incêndio, os bombeiros voam para o local e apagam o fogo com a água coletada. Além disso, o Guardião Skyscraper oferece laboratórios de pesquisa científica especiais para os cientistas monitorarem a mudança climática e os efeitos no ecossistema.
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6. Fábrica de transformar poluição em energia
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Designer(s): Yang Siqi, Zhan Beidi, Zhao renbo, Zhang Tianshuo
Origem: China A economia explosiva da China tem feito o país pagar um preço alto por se tornar a "fábrica do mundo". Está ficando poluída a uma velocidade alarmante. O objetivo do Projeto Azul é transformar essas partículas suspensas, nocivas à saúde, em energia verde. Através de reações químicas, a torre combinaria o monóxido de carbono com outras substâncias para gerar metano.
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7. E que tal um grande ralo submarino?
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Designer(s): Sung Jin Cho
Origem: Coreia do Sul Globalmente, milhões de toneladas de lixo vão parar no mar todos os anos. Como o plástico não é biodegradável, ele representa uma ameaça para milhares de animais marinhos. Pensando nisso, o designer sul-coreano Sung Jin Cho projetou o Seawer, um grande ralo de drenagem com 550 metros de diâmetro e 300 metros de profundidade para ser colocado bem abaixo de áreas afetadas, como a Grande Porção de Lixo do Pacífico. O projeto engole todos os tipos de lixo flutuante no mar através de suas camadas de filtros que separam as partículas dos fluidos. Todo o plástico recolhido é então levado para uma usina de reciclagem em cima da estrutura, enquanto a água do mar é filtrada e armazenada em um grande tanque de sedimentação no fundo, e depois é liberada de volta no oceano.
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8. A cidade que afunda (de propósito)
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Designer(s): Eric Nakajima
Origem: Nova Zelândia Com catástrofes naturais cada vez piores e que não dão sinais de abrandamento, é preciso repensar a forma como as cidades devem ser reconstruídas após uma tragédia. Se tombou, acredita o designer Eric Nakajima, é sinal de que a infraestrutura não era adequada para as condições ambientais do local. Com isso em mente, ele projetou a Liquefactower, a cidade que afunda. É um sistema que se adapta às condições ambientais, sem a necessidade de ajustes, alteração ou correção. Para a nova cidade, o solo instável torna-se uma necessidade e não um fardo que a enterra em tempos adversos.
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9. Los Angeles integrada nas alturas
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Designer(s): Ziwei Song
Origem: Estados Unidos Nas grandes cidades, é comum as rodovias segregarem as áreas comerciais dos locais residenciais. Da mesma forma, os arranha-céus exacerbam essa condição em vez de incentivar a integração urbana. A ideia do designer Ziwei Song é fazer uma ponte entre esses dois mundos, criando um único organismo arquitetônico que impulsione o intercâmbio cultural, atividades urbanas e interação social. Seu foco foi a cidade de Los Angeles, na Califórnia, EUA. O Skyvillage se ergue sobre as rodovias do lugar e de quebra traz cobertura verde capaz de filtrar a poluição dos carros nas estradas.
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10. Blossom Tower
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Designer(s): Anthony Fieldman / RAFT Architects
Origem: Estados Unidos Uma flor símbolo nacional da Malásia, o hibiscos, é a inspiração para esta torre, que anuncia, graciosamente, sua presença no céu. Como a coroa de uma flor, o último andar da torre tem 29% mais espaço do que a sua base. Não é à toa. Lá em cima, há painéis solares que podem capturar ao máximo a energia para uso em sistemas da torre.
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11. Eles dão exemplo
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11/11 (Wikimedia Commons)