Negócios

Avião voa com óleo de cozinha reciclado

Finnair, companhia aérea finlandesa, usa combustível alternativo para conscientizar sofre o efeito estufa


	Avião Airbus A330 da Finnair: parte do óleo usado provém de descartes de restaurantes
 (Divulgação)

Avião Airbus A330 da Finnair: parte do óleo usado provém de descartes de restaurantes (Divulgação)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 24 de setembro de 2014 às 15h29.

São Paulo – A maior companhia aérea finlandesa voou de Helsinki a Nova York usando óleo de cozinha reciclado misturado ao combustível tradicional. Ainda que seja só um conceito, pode ajudar estudos de biocombustíveis.

O voo da Finnair coincidiu com o painel de mudanças climáticas da ONU, que aconteceu na cidade americana no dia 23 de setembro. A demonstração de um continente ao outro durou nove horas.

Segundo a revista The Economist, a companhia não informou o porcentual de óleo que foi usado. Porém, para ser certificado, o combustível precisaria conter pelo menos 50% do tipo fóssil tradicional.

Parte do óleo usado provém de descartes de restaurantes. Antes de abastecer o avião, precisou ser filtrado para remover impurezas e refinado. 

Trocar para um combustível ecológico pode reduzir emissões de CO2 de 50% a 80%, segundo nota da Finnair.

O combustível foi desenvolvipo pela SkyNRG Nordic – uma joint venture entre SnyNRG e Statoil Aviation. “É um biocombustível alternativo aos tradicionais, que reduz significativamente a emissão de gás, além de também ser sustentável”, diz Finnair.

A empresa também pretende construir um “centro de biocombustíveis” no aeroporto de Helsink, para estudar alternativas ecológicas, viáveis e que não ameacem a biodiversidade.

A companhia aérea já usa biocombustíveis desde 2011. No entanto, o combustível alternativo custa quase o dobro, não sendo ainda economicamente viável. O primeiro voo comercial a utilizar biocombustível foi um operado pela Virgin Atlantic em 2008, entre Londres e Amsterdã. 20% do combustível provinha de óleo de coco e de nozes.

Segundo o ministro finlandês para Desenvolvimento Internacional, Pekka Haavisto, a aviação é responsável por 2% das emissões de gases de efeito estufa.

“Se o preço de petróleo subir e biocombustíveis se tornarem mais baratos, espero que haja um dia em que seremos capazes de substituir ao menos parte dos combustíveis fósseis por alternativas feitas de materiais renováveis e reutilizados”, diz Haavisto.

Acompanhe tudo sobre:Setor de transporteAviaçãoEfeito estufaCombustíveisBiocombustíveis

Mais de Negócios

99 anuncia investimento de R$ 6 bilhões em motos e bicicletas elétricas para entregadores

Após reunião com Lula, 99 investe R$ 2 bilhões em delivery no Brasil

Inscrições para o prêmio Melhores dos Negócios Internacionais vão até o dia 19

Afya cria instituto para reduzir o impacto das Condições Crônicas Não Transmissíveis no Brasil