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Avião Boeing 737 Max tinha quatro parafusos faltando, aponta relatório

Após incidente, a maioria dos jatos 737 MAX 9 foram parados para inspeções e depois retomaram os voos

Boeing: após uma porta voar, maioria dos jatos 737 MAX 9 foram parados para inspeções.  (Divulgação: NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

Boeing: após uma porta voar, maioria dos jatos 737 MAX 9 foram parados para inspeções. (Divulgação: NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

Publicado em 7 de fevereiro de 2024 às 06h47.

O Boeing 737 Max da Alaska Airlines cuja porta se soltou durante a decolagem em janeiro tinha quatro parafusos faltando, segundo um relatório preliminar do National Transportation Safety Board divulgado nesta terça-feira, 6. 

Os investigadores do acidente afirmaram em um relatório preliminar emitido na terça-feira que a ausência de "danos de contato ou deformação" ao redor de certos furos "indicam que os quatro parafusos que impedem o movimento ascendente do plugue da porta estavam faltando" antes de ele se soltar da aeronave.

Segundo informações do jornal Wall Street Journal, os parafusos provavelmente foram deixados de fora por funcionários da Boeing que reinstalaram a porta após abri-la ou removê-la durante a produção. 

Os quatro parafusos impedem a peça de se mover para cima e, o plugue da porta teve que ser aberto para substituir rebites danificados identificados em 1º de setembro, segundo o relatório. 

Os rebites danificados foram substituídos, mas uma foto incluída em uma troca de mensagens de texto entre funcionários da Boeing em 19 de setembro mostra o plugue da porta fechado sem pelo menos três dos parafusos. O local onde o quarto parafuso teria sido instalado está coberto na foto.

Inspeções

Após o incidente, a maioria dos jatos 737 MAX 9 foram parados para inspeções e depois retomaram os voos. A Administração Federal de Aviação dos EUA disse na segunda-feira que 135 dos 144 jatos MAX 9 dos EUA que estavam parados foram inspecionados e devolvidos ao serviço.

Durante o processo, companhias aéreas descobriram hardware solto em alguns dos jatos MAX 9, e autoridades de segurança aérea estão investigando as práticas de fabricação da Boeing. A FAA limitou no mês passado a produção de jatos 737 MAX pela Boeing.

O presidente executivo da Boeing, David Calhoun, disse que a empresa está implementando um plano de melhoria. "Seja quais forem as conclusões finais, a Boeing é responsável pelo que aconteceu", disse Calhoun. "Um evento como este não deve ocorrer em um avião que sai de nossa fábrica. Simplesmente temos que fazer melhor para nossos clientes e seus passageiros."

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