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Avianca pode ter voos suspensos no aeroporto de Guarulhos

Empresa aérea foi notificada pelo maior aeroporto do país que seus voos domésticos decolam apenas com pagamentos à vista

Aeronave comercial da Avianca (Sergio Moraes/Reuters)

Aeronave comercial da Avianca (Sergio Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de abril de 2019 às 19h41.

São Paulo - A GRU Airport, que opera o aeroporto de Guarulhos, notificou a Oceanair Linhas Aéreas (Avianca Brasil) que só poderá decolar voos domésticos a partir de sexta-feira, dia 12, mediante o pagamento à vista, das respectivas tarifas do aeroporto. Segundo nota divulgada pela operadora, a notificação foi feita para que a companhia aérea, em recuperação judicial, possa adotar as medidas necessárias para evitar atrasos na liberação dos voos já agendados.

A notificação segue-se à de operadoras de outros aeroportos ao longo desta semana, alguns dos quais a companhia atendeu ao pedido de pagamentos das tarifas à vista, para permitir decolagem e aterrissagem dos voos. A Avianca Brasil tem mantido suas operações com recursos vindo de empréstimos obtidos da gestora norte-americana Elliott, o maior credor da empresa em recuperação judicial, assim como de suas concorrentes, Azul, Gol e Latam.

As três companhias aéreas são interessadas nas autorizações de decolagem e aterrissagem que a Avianca Brasil venderá em leilão, no formato de Unidade Produtiva Isolada (UPI), como parte do plano de recuperação judicial aprovado dia 5 deste mês. Gol e Latam firmaram compromisso de adquirir pelo menos duas UPIs, com o que a Avianca deve levantar um mínimo de US$ 140 milhões. Outras cinco UPIs serão também colocadas à disposição no mesmo leilão.

A Avianca teve três aeronaves arrestadas pela Aviation Capital Group, com a qual mantinha contrato de leasing. A empresa está inadimplente desde o ano passado com os arrendadores de aeronaves, para os quais deve pelo menos US$ 150 milhões e com os quais trava uma disputa na Justiça, paralela ao processo de recuperação judicial.

A Avianca Brasil entrou em recuperação judicial em dezembro do ano passado, com dívidas de R$ 2,7 bilhões.

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