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Avianca Brasil pede recuperação judicial

O pedido foi feito com urgência, porque a companhia aérea está sob risco de paralisar suas operações e de devolver aeronaves

Avianca (Avianca Brasil/Divulgação)

Avianca (Avianca Brasil/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2018 às 16h18.

Última atualização em 12 de dezembro de 2018 às 13h48.

São Paulo - A Avianca Brasil entrou com um pedido de recuperação judicial nesta segunda-feira, 10. O pedido de recuperação de dívidas de 50 milhões de reais foi aberto na 1a Vara Empresarial de São Paulo, segundo EXAME apurou.

A assessoria de imprensa da companhia nega o pedido de recuperação. O pedido corre em segredo de justiça e em caráter de urgência. A expectativa é que o juiz dê um parecer até amanhã, segundo apurou EXAME.

O pedido de urgência foi feito porque a companhia aérea está sob risco de paralisar suas operações. Endividada, a empresa sofre pressão para devolver aeronaves arrendadas por falta de pagamento. Ela corre risco de devolver 11 aviões, quase 18% de sua frota, para a Constitution Aircraft, empresa de leasing.

De acordo com o Estadão, a Avianca no Brasil enfrenta dificuldades para pagar fornecedores e aeroportos. A dívida com todos os aeroportos brasileiros pode chegar a mais de 100 milhões de reais, diz o jornal.

Já com bancos, a companhia levantou 130,7 milhões com bancos como ABC, Daycoval, Safra e Fibra. Esse empréstimo elevou sua dívida para 306 milhões de reais.

A empresa é a quarta maior do mercado nacional e tem participação de mercado de quase 14%.

A Avianca Brasil e a Avianca, colombiana, são duas empresas distintas. A United Airlines fechou, no início do mês, uma parceria com a Avianca e a Copa Airlines. Entre os novos serviços oferecidos, estão novas rotas sem escala e redução no tempo de viagens. O Brasil e a operação da Avianca Brasil não foram incluídos nesse acordo.

A companhia colombiana é controlada pelo empresário Gérman Efromovich e a brasileira, pelo seu irmão, José Efromovich. As duas têm planos de fusão e  montaram, em 2017, um grupo de trabalho para estudar a união dos negócios — é o terceiro em sete anos. Os planos, no entanto, foram postergados por mais 18 meses em abril.

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