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Avianca Brasil decide ampliar oferta de lugares em 30%

A Avianca decidiu lançar mão da estratégia, diferente daquela que os concorrentes implementam, depois de praticamente dobrar de tamanho este ano


	Avianca: o público-alvo da companhia também é composto ainda por jovens executivos e recém-casados que viajam com filhos
 (Getty Images)

Avianca: o público-alvo da companhia também é composto ainda por jovens executivos e recém-casados que viajam com filhos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2012 às 19h33.

Rio - Apesar de 2012 ser um dos piores anos para as companhias aéreas brasileiras, a Avianca Brasil resolveu aumentar a oferta de assentos em 30% em 2013, num momento em que as gigantes do setor cortam capacidade para se recuperar de uma sequência de prejuízos. A Avianca decidiu lançar mão da estratégia, diferente daquela que os concorrentes implementam, depois de praticamente dobrar de tamanho este ano.

O vice-presidente comercial e de Marketing da empresa, Tarcisio Gargioni, afirma que a receita - destoante da usada pelo mercado - resultará em um ano de equilíbrio financeiro. A Avianca espera fechar o ano sem perder dinheiro, mas também não deve ganhar. Se confirmado o zero a zero, que num ano normal seria considerado um resultado medíocre, pode se tornar motivo de inveja para as grandes do segmento, cuja perspectiva é continuar no vermelho este ano.

Gargioni explica qual a equação que faz a empresa prever que fechará 2012 sem perdas. Os aviões da Avianca decolam dos aeroportos com taxa de ocupação superior às do mercado. Entre janeiro e agosto, a empresa dos irmãos Efromovich atingiu um aproveitamento de 78%, oito pontos porcentuais a mais que a Gol Linhas Aéreas e sete acima do registrado pela TAM, de acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).


"Nosso nível de ocupação não diminuiu, mesmo com nosso crescimento (...) Isso quer dizer que o mercado está aceitando nosso modelo de negócios", disse Gargione nesta quinta-feira, na feira da Associação Brasileira de Agentes de Viagem (Abav), no Rio. O trunfo da Avianca para encher os aparelhos, segundo ele, é vender um serviço diferente do oferecido pela concorrência. Nos últimos anos, a companhia elevou o nível de conforto das aeronaves aviões para atrair um passageiro mais exigente. "O Brasil tem milhões de pessoas com mais de 60 anos que viajam muito, tem poder aquisitivo e querem mais conforto", disse, sobre um dos nichos que a empresa se dispôs a atender.

O público-alvo da companhia também é composto ainda por jovens executivos e recém-casados que viajam com filhos. Perguntado se esse mercado é muito restrito, Gargione afirmou que há espaço para continuar crescendo, mas ressaltou que a deficiência da infraestrutura aeroportuária nas capitais pode ser um freio.

Apesar de afirmar que o enxugamento da malha aérea, como têm feito Gol e TAM, não é a única receita possível para o atual momento, o especialista em transporte aéreo Anderson Correia classifica como arriscado o método de aumentar a oferta num momento em que há excesso de assentos no mercado.

"Ou a Avianca está mirando um mercado que vê como promissor, ou a intenção da empresa é apenas estar mais presente no mercado brasileiro", declarou. A participação da companhia no mercado doméstico passou de 2,54% no começo de 2011 para 5,10% em agosto deste ano.

Sobre a entrada da empresa na rede Star Alliance, a exemplo do que fez a Avianca colombiana, Gargioni garantiu só estar a espera da decisão da TAM para definir o futuro da Avianca Brasil. A expectativa é de que, depois da fusão com a chilena LAN, a TAM migre para a aliança de companhias aéreas OneWorld.

O vice-presidente comercial e de Marketing da Avianca Brasil acredita, ainda, que a tendência é de uma união com a coirmã colombiana. Apesar de ter os mesmos controladores, hoje as duas operam independentemente. "Essa é uma tendência natural, mais cedo ou mais tarde vai acontecer, mas não sabemos quando."

TAP - Pertencente aos mesmos controladores da Avianca Brasil, a colombiana Synergy Aerospace fechou a estrutura da proposta de compra da companhia TAP Portugal, confirmou nesta quinta-feira a holding industrial sul-americana Synergy Group, seu controlador, por meio da assessoria. Conforme executivos da empresa que será privatizada, a Sinergy Aerospace, única habilitada pelo governo de Portugal para disputar a TAP, tem até o meio-dia (horário de Lisboa) de 7 de dezembro para apresentar a proposta.

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