Alunos dos cursos profissionalizantes em visita à AVB: mais de 1.100 pessoas conquistaram o certificado de especialização (AVB/Divulgação)
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Publicado em 13 de dezembro de 2021 às 09h00.
Última atualização em 13 de dezembro de 2021 às 11h14.
A sigla ESG está em alta. Cunhada há mais de uma década em uma publicação do Banco Mundial em parceria com o Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), o termo trata da incorporação de práticas de sustentabilidade ambiental, inclusão social e governança no mundo corporativo e sua transformação em um ativo financeiro tangível.
Representando o eixo social, o S abrange o relacionamento e ações de uma empresa com seus colaboradores, fornecedores, clientes e comunidade no qual está inserida. Tais práticas também representam uma importante mudança de mentalidade, em que a prioridade dada ao lucro passa a ser combinada com propósitos que beneficiam a sociedade e os demais públicos da organização.
Presente em Açailândia, no estado do Maranhão, a Aço Verde do Brasil traz a sustentabilidade em seu DNA e um cuidado genuíno pelo desenvolvimento social da região.
“Sabemos a responsabilidade que é fixar uma indústria como a do nosso porte na região. Viramos referência e abraçamos um papel comunitário forte, atuando desde a capacitação profissional até em melhorias na saúde, na educação e no transporte público sempre em parceria com o poder público”, analisa Silvia Nascimento, presidente do conselho da AVB.
A cidade, com 114.000 habitantes, abriga a primeira usina siderúrgica carbono neutro do mundo. Além da ampliação e modernização da planta fabril de aços longos, a AVB investe maciçamente no setor florestal para a produção de carvão vegetal. Hoje, a empresa do Grupo Ferroeste emprega mais de 2.500 pessoas de seis municípios maranhenses.
Desde cedo, a companhia compreendeu a importância de contar com profissionais capacitados para trabalhar nas suas operações industriais e florestais.
Por isso, a AVB tem uma parceria de longa data com o Senai do Maranhão para a realização de cursos profissionalizantes destinados aos funcionários e moradores da região.
Ao longo de dez anos, mais de 1.100 pessoas conquistaram o certificado de especialização em áreas como segurança do trabalho, eletromecânica, informática e metalurgia.
“Quando capacitado, o funcionário é outro. É notório o ganho de produtividade, a diminuição dos acidentes de trabalho e o entusiasmo para trabalhar. Ele também é reconhecido e conquista oportunidades de crescimento dentro da empresa”, explica a executiva da Aço Verde do Brasil.
Ainda neste ano, também será lançado o primeiro curso de Especialização Técnica em Siderurgia do Norte e Nordeste. Conduzido pelo Senai, as aulas serão ministradas por professores de altíssima qualidade, alguns deles, por exemplo, integram ou já integraram o corpo docente da Universidade Federal de Ouro Preto, em Minas Gerais.
Com o crescimento da produção e resultados melhores a cada ano, a AVB busca sempre aprimorar suas condutas e rotinas institucionais. Muitos desses insights vêm da participação de Silvia Nascimento como conselheira do Instituto Aço Brasil – a entidade representa as siderúrgicas brasileiras que operam usinas integradas e semi-integradas, realizando estudos, pesquisas e debates relacionados a boas práticas, novas tecnologias e tendências do mercado nacional e mundial.
A companhia também é membro do Instituto Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo (InPACTO), organização sem fins lucrativos que tem a missão de promover a prevenção e a erradicação do trabalho escravo nas cadeias produtivas de empresas nacionais e internacionais. O instituto tem em sua pauta os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, principalmente ao ODS 8 Trabalho Decente e Crescimento Econômico, ao ODS 12 Consumo e Produção Responsáveis e ao ODS 17, sobre a importância das parcerias para o desenvolvimento sustentável.
Para a AVB, também é papel do setor privado contribuir para o desenvolvimento das localidades onde possui instalações. Com o intuito de fomentar o crescimento de Açailândia e o bem-estar da população, a empresa, no início do ano, presenteou o município com ao novo um Diagnóstico realizado pelo Instituto Falconi. O estudo apresenta um road map de boas práticas, com o objetivo de auxiliar o desenvolvimento dos setores de educação, saúde, equilíbrio financeiro, saneamento básico e assistência social.
“Outra iniciativa que estamos encabeçando para movimentar a economia e gerar ainda mais empregos na região é a criação do Polo Metal Mecânico Aço Verde”, conta Silvia Nascimento.
Em parceria com os governos estadual e municipal, a empresa cedeu uma área à iniciativa privada para que companhias parceiras possam se instalar no local, fomentando o desenvolvimento industrial. De acordo com a presidente do conselho da AVB, o investimento representará uma grande economia em frete para as indústrias, uma vez que a matéria-prima não precisará cruzar todo o país até chegar às fábricas.
Já para o próximo ano, a empresa irá focar seus esforços na criação do Instituto AVB, que nasce para solidificar e ampliar suas iniciativas junto à comunidade. As obras para a instalação da sede, que ficará no centro de Açailândia, devem começar nos próximos meses.
A expectativa é que o espaço seja utilizado para o desenvolvimento de novos cursos profissionalizantes, projetos culturais e esportivos, assim como ações preventivas para a saúde da população local.
“A sustentabilidade de uma empresa não está na matéria-prima ou em seus equipamentos de última geração. Mas, sim, ao assegurar melhores condições de vida aos nossos funcionários e à população local. Queremos oferecer à comunidade um sentimento de orgulho, garantindo a vontade de trabalhar e a sucessão dos nossos colaboradores”, conclui a executiva.
Por ser uma indústria de base, a linha de produção da Aço Verde do Brasil não foi interrompida em nenhum momento da pandemia. Nas usinas, foram adotados uma série de protocolos para garantir a segurança dos trabalhadores que precisavam sair de casa.
A companhia também foi a responsável pela maior doação de oxigênio do País. Como o oxigênio é uma das matérias-primas para a produção de aços longos, a AVB foi procurada pelos governos do Amazonas e do Maranhão e realizou a doação de 300 mil m³ para municípios amazonenses e, até o final do ano, serão enviados 700 mil m³ de oxigênio para o estado do Maranhão.
“Produzimos oxigênio na nossa planta e decidimos reduzir a produção de aço para que houvesse sobras e assim, fosse possível realizar as doações, diante da gravidade da situação”, explica Silvia Nascimento. “Seguiremos com as doações enquanto o estado precisar. Só vamos interromper, quando a situação estiver normalizada”, garante.