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Avaliado em R$ 3,5 bi, grupo de hospitais do Gávea é colocado à venda

Fontes a par do assunto afirmaram que o grupo de saúde poderá ser vendido na totalidade

Medicina: com faturamento de R$ 1,4 bilhão em 2017, o grupo São Francisco foi fundado há 70 anos em Ribeirão Preto, interior de São Paulo (Thinkstock/ktsimage/Thinkstock)

Medicina: com faturamento de R$ 1,4 bilhão em 2017, o grupo São Francisco foi fundado há 70 anos em Ribeirão Preto, interior de São Paulo (Thinkstock/ktsimage/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de dezembro de 2018 às 11h46.

São Paulo - O grupo hospitalar São Francisco, que tem como principal acionista a gestora Gávea Investimentos, de Arminio Fraga, contratou o banco Goldman Sachs para buscar um comprador para o negócio.

O ativo, que inclui hospitais no interior de São Paulo e Goiás, laboratórios de diagnóstico e uma operadora de plano de saúde, é avaliado entre R$ 3 bilhões e R$ 3,5 bilhões no mercado, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo.

Fontes a par do assunto afirmaram que o grupo de saúde poderá ser vendido na totalidade. O fundo de investimentos de Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central, detém, desde setembro de 2016, uma participação de 29% no negócio.

Com faturamento de R$ 1,4 bilhão em 2017, o grupo São Francisco foi fundado há 70 anos em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, e baseou sua expansão na construção de hospitais e serviços laboratoriais em cidades vizinhas.

Com o crescimento em Goiás, a companhia começou a ganhar uma relevância regional maior, disseram fontes.

Procurado pela reportagem, o grupo São Francisco negou "rumores de que esteja à venda". A gestora Gávea Investimentos e banco Goldman Sachs não quiseram se manifestar sobre o assunto.

Com uma rede de oito hospitais e cem unidades próprias de atendimento, a companhia está entre as maiores operadoras de plano de saúde do país, com cerda de 1,7 milhão de beneficiários. O grupo também detém plano odontológico.

Negócio atraente

Empresas de saúde verticalizadas - que operam hospitais e plano de saúde, como a Notre Dame Intermédica e Hapvida, que abriram o capital este ano - e fundos de investimentos internacionais são apontados como potenciais interessados no negócio.

O setor de saúde no Brasil está atraindo investidores e liderou o movimento de consolidação mesmo durante a crise econômica. Grupos nacionais e estrangeiros estão buscando oportunidades de negócios no segmento, que é considerado altamente pulverizado.

O grupo Amil, fundado pelo empresário Edson Bueno (morto em 2017), foi um dos primeiros a atrair interesse de capital estrangeiro. A gigante americana United Health comprou o controle do negócio em 2012, em uma operação avaliada em cerca de R$ 10 bilhões. A entrada do grupo americano acelerou os projetos de expansão da companhia.

No fim de 2015, outro grande negócio foi fechado por um investidor de fora. O fundo soberano GIC, de Cingapura, comprou a participação que o banco BTG tinha na Rede D'Or, por cerca de R$ 3 bilhões. Também dona do Hospital São Luiz, a rede, junto com a Amil, passou a avançar no processo de consolidação no mercado brasileiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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