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Austrália deve rejeitar oferta de US$7,8 bi por ASX

Operadoras querem se fundir para corte de custos

Se a transação fracassar, será a mais recente de uma série de aquisições que não ocorreram por pressões políticas (Sergio Dionisio/Getty Images)

Se a transação fracassar, será a mais recente de uma série de aquisições que não ocorreram por pressões políticas (Sergio Dionisio/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2011 às 08h23.

Sydney/Cingapura - A Austrália planeja rejeitar a proposta de 7,8 bilhões de dólares da Bolsa de Cingapura pela australiana ASX por interesses nacionais, indicando os desafios políticos para grandes fusões entre operadoras de bolsas.

As duas operadoras de bolsas querem se fundir para cortar custos, à medida que sofrem pressão de plataformas alternativas de negociação e para não ficarem para trás diante da planejada união de rivais na América do Norte e Europa.

Mas o secretário do Tesouro da Austrália, Wayne Swan, enfrentando crescente oposição política ao negócio, disse nesta terça-feira que pretende rejeitar o negócio após orientação do Conselho de Revisão de Investimento Estrangeiro do país.

"O Conselho informou a SGX que eu tenho sérias preocupações sobre a proposta e que eu pretendo aceitar a orientação unânime do Conselho de que a aquisição não é de interesse nacional", disse Swan.

Uma decisão final ainda não foi tomada, disse ele, mas os movimentos com as ações da ASX e da SGX mostram que o mercado duvida que o acordo possa ser salvo.

As ações da ASX fecharam em queda de 3,3 por cento, enquanto as da SGX subiram mais de 6 por cento antes de encerrarem o pregão valorizadas em 4,5 por cento.

Se a transação fracassar, será a mais recente de uma série de aquisições que não ocorreram por pressões políticas, incluindo a oferta da BHP Billiton de 39 bilhões de dólares pela canadense Potash no ano passado.

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