Negócios

Aurora perde R$ 6 mi ao dia com protestos nas rodovias

Os mais de 15 mil produtores integrados (4.050 de suínos, 2.600 de aves e 8.500 de leite) estão sem receber rações

Leite da marca Aurora: fornecimento de leite in natura para a indústria de lácteos de Pinhalzinho também está obstruída (Divulgação)

Leite da marca Aurora: fornecimento de leite in natura para a indústria de lácteos de Pinhalzinho também está obstruída (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2013 às 18h11.

São Paulo - Os protestos de caminhoneiros, iniciados nesta segunda-feira, 1º, em todo o país, estão prejudicando a produção da Coopercentral Aurora Alimentos, em Chapecó (SC), que registra queda no faturamento de R$ 5 a R$ 6 milhões ao dia.

"Temos animais - suínos e frangos - que estão em jejum há 24 horas, porque a ração não chega nas granjas. O duro é que daqui a 30 dias (frangos) ou 44 dias dias (suínos), quando dura o ciclo de engorda dos animais, os abates não terão como ser realizados", disse ao Broadcast o diretor de agropecuária da empresa, Marcos Antônio Zordan.

Nesta segunda, a Aurora já havia informado que os caminhões que levam rações para as propriedades rurais e os que transportam aves, suínos e leite in natura estão sendo retidos nas barreiras montadas pelos caminhoneiros nas rodovias.

A Aurora possui um plantel permanente de 25 milhões de cabeças de aves e 950 mil de suínos. Os mais de 15 mil produtores integrados (4.050 de suínos, 2.600 de aves e 8.500 de leite) estão sem receber rações - a necessidade diária para a nutrição dos animais é de 3,5 mil toneladas por dia.

O fornecimento de leite in natura para a indústria de lácteos de Pinhalzinho também está obstruída. "Nesse momento paramos as atividades das fábricas de São Miguel do Oeste, que abate 1,9 mil suínos/dia; as de Maravilha, cujo abate é de 145 mil frangos/dia e a de rações de Cunha Porã. E se a paralisações continuarem, podemos fechar mais fábricas", informou.

As unidades que podem ter suas atividades suspensas são Pinhalzinho (lácteos), Xaxim (aves), Guatambu (aves), Quilombo (aves) e três em Chapecó (todas de suínos).

"Agora que lutamos para abrir o mercado do Japão para os suínos in natura, corremos o risco de não conseguimos atender à demanda", disse Zordan. "A empresa foi uma das que apoiaram o novo projeto de lei para a profissão e agora está sendo muito prejudicada. Esperamos a compreensão dos caminhoneiros e que eles voltem a trabalhar o mais rápido possível", completou.

Na manhã desta terça-feira caminhoneiros voltaram a bloquear rodovias em sete Estados (Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo). Na segunda, nove Estados registraram protestos. O acesso ao Porto de Santos (SP) foi dificultado tanto segunda quanto terça-feira.

Acompanhe tudo sobre:CaminhoneirosEmpresasFaturamentoProtestosProtestos no BrasilSetor de transporteTransporte e logística

Mais de Negócios

As 15 cidades com mais bilionários no mundo — e uma delas é brasileira

A força do afroempreendedorismo

Mitsubishi Cup celebra 25 anos fazendo do rally um estilo de vida

Toyota investe R$ 160 milhões em novo centro de distribuição logístico e amplia operação