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Aunt Jemima: marca considerada racista é aposentada nos EUA

Pepsi rebatiza as panquecas Aunt Jemima. Movimento cresceu após protestos do Black Live Matter

 Aunt Jemima: marca da Pepsi foi acusada de racismo (Eva HAMBACH/Getty Images)

Aunt Jemima: marca da Pepsi foi acusada de racismo (Eva HAMBACH/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 10 de fevereiro de 2021 às 18h30.

A Pepsi disse nesta terça-feira que suas massas e xaropes para panquecas passarão a ser vendidos sob o novo nome Pearl Milling Company depois que a empresa abandonou o logotipo da marca Aunt Jemima (Tia Jemima) no ano passado, reconhecendo que ela reforçava um estereótipo racial.

O logotipo da marca, com mais de 130 anos, que apresentava uma mulher negra com o nome de um personagem em shows de cantores brancos que se pintavam de preto do século XIX, foi criticado em meio a um debate nacional sobre racismo e desigualdade racial nos Estados Unidos.

"Misturas para panquecas, xaropes, fubá, farinha e grãos com a marca Pearl Milling Company começarão a chegar ao mercado em junho", disse a PepsiCo em um comunicado.

A decisão da PepsiCo foi parte de uma resposta corporativa nacional aos protestos de movimentos como o Black ives Matter contra o tratamento de negros e a brutalidade policial após a morte de George Floyd, um homem negro, sob custódia policial em Minneapolis em 25 de maio de 2020.

Segundo a Pepsi, nas próximas semanas, a marca Pearl Milling Company irá anunciar detalhes de um compromisso de US$ 1 milhão para apoiar meninas e mulheres negras.

A empresa disse no ano passado que iria investir mais de US $ 400 milhões em cinco anos para apoiar as comunidades negras e aumentar a representação negra na empresa.

Outros casos

No ano passado, outras empresas aposentaram marcas considerada racistas. Após ser acusada de racismo nas redes sociais devido à promoção de uma esponja de aço inox chamada Krespinha, a Bombril anunciou a retirada da marca do mercado.

A Suvinil, do grupo Basf, mudou o nome de oito cores de seu portfólio de tintas de parede, que faziam referência a características étnicas. Títulos como “pele de pêssego” e “pele bronzeada", foram transformados em rosa laranja e cogumelo shitaque, se distanciando assim do viés que pode ser considerado racista nos termos antigos.

No setor de cosméticos, a L’Oréal decidiu retirar expressões como “clareamento” e “branqueador” de seus produtos. Outras marcas, como Coca-Cola, Starbucks e Unilever suspenderam anúncios no Facebook e Twitter em campanha contra discurso de ódio nas redes sociais. Também saiu de linha o arroz Uncle Ben's (Do Tio Ben), da Mars Incorporated.

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