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Da Redação
Publicado em 7 de setembro de 2011 às 01h00.
O aumento no preço do cigarro favoreceu o crescimento do lucro da Souza Cruz no terceiro trimestre de 2008, de acordo com comunicado da corretora SLW desta sexta-feira. Para a SLW, o reajuste de 11% nos preços “ajudou bastante para a melhora no lucro bruto, que cresceu 19,2% e somou 755,2 milhões de reais". Com produtos mais caros, a margem bruta da empresa cresceu 3,7 pontos percentuais superior.
A receita líquida somou 1,4 milhão, com alta de 10,9% ante o último trimestre de 2007. “Além de preços médios dos cigarros melhores, a companhia teve uma boa melhora nas vendas das marcas ‘premium’, que geram um retorno maior. A margem Ebitda [lucro antes de impostos e amortizações] ficou 4,9 pontos percentuais maior em comparação com o mesmo período de 2007 e atingiu 28,4%”, diz a corretora.
A participação de mercado da Souza Cruz foi superior em 1,4 ponto percentual em relação ao terceiro trimestre do ano passado e chegou a 61,9% do mercado. “O lucro líquido foi 91,9% superior em comparação ao mesmo período de 2007, somando 361,3 milhões de reais.”.
Só fumaça?
A corretora avalia, no entanto, que a Souza Cruz vive um momento de incerteza com possíveis restrições mais severas ao fumo em São Paulo. O governador do estado e ex-ministro da Saúde, José Serra, enviou um projeto à Assembléia Legislativa que proíbe o fumo em ambientes coletivos, públicos ou privados.
Além disso, a corretora destaca que “o aumento dos impostos e outras medidas para coibir o uso e reparar perdas causadas pelo consumo do cigarro devem continuar a aparecer”. Em julho de 2007, começou a vigorar um aumento de 30% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) cobrado sobre os cigarros, o que obrigou a empresa a elevar o preço aos consumidores.