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Audi adapta seus carros ao mercado brasileiro

A empresa, que cresceu 61% no ano passado em relação a 2009, inicia um programa para adequar seus carros ao gosto e às necessidades do consumidor

Os modelos A4 estão desenvolvendo motor flex, em teste no Brasil (Divulgação)

Os modelos A4 estão desenvolvendo motor flex, em teste no Brasil (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2012 às 22h42.

São Paulo - O mercado de modelos premium, com preços acima de R$ 80 mil, responde por menos de 1% das vendas totais de veículos no Brasil, mas desperta cada vez mais interesse das montadoras. A Audi, que cresceu 61% no ano passado em relação a 2009, com vendas de 3.266 unidades, inicia um programa para adequar seus carros ao gosto e às necessidades do consumidor local. Um deles é o desenvolvimento do motor flex, já em teste em dois modelos A4.

Em sua primeira visita ao Brasil, encerrada ontem, o vice-presidente mundial de Finanças da Audi, Axel Strotbek, discutiu adaptações que a matriz alemã pode desenvolver exclusivamente para os modelos exportados para o País. "Queremos repetir no Brasil a estratégia que adotamos na China", afirma Strotbek.

Segundo ele, a Audi precisou alongar o tamanho dos modelos A4 e A6, porque os chineses querem carros mais espaçosos. "São versões produzidas e vendidas apenas na China". No ano passado, a marca vendeu mais de 200 mil veículos no país asiático, onde lidera o segmento premium. A Audi inclui nessa categoria só os modelos das também alemãs BMW e Mercedes-Benz. No Brasil, as três venderam cerca de 20 mil unidades no ano passado. O País tem grande potencial de crescimento nesse segmento, que na China responde por 6% das vendas e na Alemanha, entre 25% a 30%”, diz Strotbek. Há dez anos, a participação local era de 0,4%, e hoje está em 0,8%.

No ranking mundial, o Brasil ocupa a 32.ª posição em vendas de veículos premium, enquanto no total fechou 2010 como quarto maior mercado. A Audi pretende dobrar suas vendas este ano, para 6,5 mil unidades. Sua principal estratégia é a entrada no nicho de compactos premium, com o lançamento em abril do A1. O modelo, com capacidade para quatro passageiros, custará R$ 89,9 mil. Seu concorrente, o inglês BMW Mini, custa a partir de R$ 79,9 mil e em 2010 vendeu 1.720 unidades, ante 1.023 em 2009. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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