AT&T: "Essa conversa está só começando", disse Quinn (Jim Young/Reuters)
Reuters
Publicado em 22 de junho de 2017 às 15h50.
Washington - A AT&T confia que obterá aprovação regulatória para compra da Time Warner por 85,4 bilhões de dólares antes do fim do ano, mas ainda aguarda os detalhes sobre eventuais exigências finais do Departamento de Justiça, disse um executivo sênior.
Bob Quinn, vice-presidente sênior para assuntos externos e legislativos da AT&T, disse à C-SPAN nesta semana que a empresa de telecomunicações não está certa sobre as condições finais que o Departamento de Justiça pode buscar para aprovar o negócio.
"Essa conversa está só começando", disse Quinn. "Produzimos todos os dados e respondermos todas as perguntas e acho que o processo vai avançar neste verão (no Hemisfério Norte)".
Em junho, um painel do Senado votou 19-1 pelo avanço da nomeação de Makan Delrahim, escolhido pelo presidente Donald Trump para liderar o órgão antitruste dos EUA.
O Senado ainda deve votar a confirmação de Delrahim ao cargo e não está claro quando ocorrerá a votação.
Até que ele seja confirmado no cargo, "é meio difícil prever se mesmo a lista que vimos preliminarmente será a final que eles apresentarão", afirmou Quinn, sem entrar em detalhes.
Segunda maior operadora móvel dos Estados Unidos, A A&T ainda precisa de algumas aprovações por órgãos estrangeiros. Em março, ganhou o aval da Comissão Europeia para o acordo.
Um grupo de Senadores democratas, incluindo Bernie Sanders, Elizabeth Warren e Al Franken, pediu na quarta-feira que o Departamento de Justiça avalie de perto o negócio.
"Temos fortes receios de que o controle indisputável da empresa combinada em conteúdo popular e distribuição de conteúdo resultará em preços mais altos, menos alternativas e serviços de pior qualidade para os americanos", escreveram os senadores.
"Antes de iniciar a próxima grande onda de consolidação em mídia, deve-se considerar como o acordo de 85 bilhões de dólares impactará o bolso dos americanos, bem como o acesso a uma ampla variedade de programas de notícia e entretenimento", disseram.