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"Atos da Alstom estão abertos", diz atual presidente

Marcos Costa, o presidente da Alstom, afirma que procuradores se equivocaram ao ver indício de propina num e-mail que ele trocou com sua equipe


	Alstom: "o relacionamento com entes políticos é apartidário e sempre foi pautado na ética e no respeito mútuo", disse o empresário
 (Sebastien Bozon/AFP)

Alstom: "o relacionamento com entes políticos é apartidário e sempre foi pautado na ética e no respeito mútuo", disse o empresário (Sebastien Bozon/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2013 às 12h46.

São Paulo - O empresário Marcos Costa, atual presidente da Alstom Brasil, reagiu nesta quinta-feira, 24, à suspeita do Ministério Público da Suíça, que atribuiu à multinacional francesa orientação a diretores de áreas para pagar propinas. Costa esclareceu que "não é prática da Alstom nem de seus executivos, jamais orientar a quem quer que seja a pagar propinas, o que é absolutamente contrário a seus procedimentos".

Ele pondera que o e-mail de 2004, despachado pelo então presidente da companhia, José Luiz Alquérez, "se refere à orientação para contratar consultoria especializada em marketing e desenvolvimento comercial".

"Os atos da Alstom estão abertos a todas as investigações do Ministério Público", afirmou o empresário em nota. Ele afirma que a interpretação dos procuradores suíços, que veem no e-mail um indício de propina, "induz a conclusões errôneas sobre as atitudes de seus executivos".

"A empresa reforça que mantém relacionamento com dirigentes políticos, seja em nível municipal, estadual ou federal, pois faz parte de sua atividade central prover produtos e serviços para infraestrutura de energia e transporte", assinala.

"O relacionamento com entes políticos é apartidário e sempre foi pautado na ética e no respeito mútuo. A Alstom está no Brasil há quase 60 anos, gerando empregos, investindo e colaborando com o desenvolvimento social e econômico, em total conformidade com as leis."


Alquéres disse nesta quinta, também por meio de nota, que o e-mail buscava "encarecer às autoridades superiores da Alstom ações imediatas para aumentar as chances de vitória em licitações anunciadas e evitar a desmobilização de uma unidade que estava com 11% de desempenho em relação à meta anual".

"Como presidente da Alstom do Brasil, empresa holding, não me cabia nenhuma interferência interna em negócios de uma das empresas controladas, no caso a de Transporte, completamente autônoma do ponto de vista comercial, financeiro e administrativo, e muito menos sugerir ou tolerar qualquer tipo de ato contra a boa prática dos negócios", afirmou.

"As sugestões de contratação referiam-se a profissionais, até então, pelo menos conhecidos pela sua competência profissional na área técnica ou comercial. Se investigações posteriores, com as quais a Alstom colabora, apontarem responsáveis por algum deslize eles deverão evidentemente arcar com as consequências de seus atos pois a empresa sempre zelou por práticas éticas", ponderou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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