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“Atingimos novo patamar”, diz CEO da Positivo Tecnologia após receita recorde

Em entrevista a EXAME, Helio Rotenberg comenta os resultados da Positivo, que aumentou o guidance da receita após resultado do segundo trimestre de 2022

Hélio Rotenberg, presidente da Positivo Tecnologia: empresa venceu licitação de urna eletrônica do TSE (Guilherme Pupo/Exame)

Hélio Rotenberg, presidente da Positivo Tecnologia: empresa venceu licitação de urna eletrônica do TSE (Guilherme Pupo/Exame)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 11 de agosto de 2022 às 06h00.

Última atualização em 11 de agosto de 2022 às 16h26.

A empresa Positivo Tecnologia vive seu melhor momento. A companhia teve receita de R$ 1,9 bilhão no segundo trimestre de 2022, um aumento de mais de 100% em relação ao resultado do mesmo trimestre do ano anterior. O ebitda recorrente do segundo trimestre chegou a R$ 185 milhões, alta de 82% frente ao mesmo período do ano anterior, e o lucro líquido atingiu R$ 90 milhões, alta de 76%. “Estamos vivendo um momento em que o nosso plano de diversificação, traçado em 2018, se mostra acertado”, disse o presidente da Positivo Tecnologia, Helio Rotenberg, em entrevista a EXAME.

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Antes voltada principalmente para o consumidor final, a Positivo iniciou há alguns anos um movimento para ampliar suas vendas para instituições, sejam elas órgãos públicos ou empresas privadas. Um dos principais contratos recentes nesta frente é o da fabricação das urnas eletrônicas que serão usadas nas eleições. As 225 mil urnas para as eleições de 2022 terminaram de ser entregues em julho. Em dezembro de 2021, a Positivo venceu outra licitação, de R$ 1,2 bilhão, para fornecer 176 mil urnas para a eleição de 2024. A fabricação dos equipamentos segue as especificações exigidas pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Rotenberg reforça, porém, que a receita da Positivo Tecnologia não é só feita de urnas. A companhia entregou produtos para quase 300 instituições públicas só no primeiro semestre de 2022, do Banco do Brasil a pequenas prefeituras.

QG das licitações

Para ampliar cada vez mais esse nicho de atuação, a Positivo montou uma espécie de quartel general das licitações. Só nessa frente companhia tem mais R$ 2 bilhões já contratados para entrega este ano. E outros 8,5 bilhões no pipeline de licitações endereçáveis. “Entramos em praticamente todos os editais que aparecem e desenvolvemos produtos sob encomenda para cada edital. Isso nos torna mais competitivos”, afirma o empresário.

O segmento institucional respondeu por 59% da receita da Positivo no trimestre, sendo que cerca de metade desse montante veio de contratos com órgãos públicos. Os produtos ao consumidor final responderam por 20%, e os projetos especiais, onde se inserem as urnas eletrônicas, 21%.

De maquininhas a smartphones

A Positivo também vem diversificando em produtos. A categoria de soluções de pagamento, com maquininhas adquirentes, cresceu 259 vezes no trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado. A empresa também tem investido em smartphones, produtos para casas inteligentes e fechaduras eletrônicas, além dos computadores.

Com essa maré positiva, a Positivo aumentou seu guidance de receita para 2022 – estava entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões, e agora foi para a faixa entre os R$ 5,5 bilhões e R$ 6,5 bilhões. “Atingimos novo patamar e vamos crescer a partir desse novo patamar”, diz.

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