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Atacado do Carrefour pode estar na "lista de compras" do Walmart, diz FT

Rede de 73 lojas do "Atacadão" do Carrefour estão mais interessantes para o Walmart do que seus 114 hipermercados, segundo o jornal Financial Times

Walmart pode tentar comprar apenas parte do Carrefour no Brasil (Germano Lüders/EXAME)

Walmart pode tentar comprar apenas parte do Carrefour no Brasil (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2011 às 17h05.

São Paulo - Se o Carrefour não quiser vender sua operação brasileira, sua rede de 73 lojas voltadas para o atacado pode estar no " topo da lista de compras" do Walmart, afirmou o blog beyondbrics do jornal Financial Times. Segundo o texto de Samantha Pearson, para uma empresa que "supostamente não está à venda", o Carrefour brasileiro tem vários potenciais compradores de seus 114 hipermercados, de suas 49 lojas de bairro e de seus 73 pontos de venda chamados de "Atacadão".

Abilio Diniz, um dos controladores do Grupo Pão de Açúcar, tentou viabilizar uma fusão com a rede varejista francesa. A negociação foi frustrada por seu sócio Casino, que é concorrente do Carrefour na Europa.

Depois do fracasso do "magnata do varejo", os americanos do Walmart estão tentando adquirir o Carrefour no Brasil. Entre todos os estabelecimentos que eles podem comprar, os 73 negócios que combinam vendas de grandes quantidades, no atacado, com lojas de varejo parecem mais atraentes para o Walmart.

Os hipermercados, que são a maioria do negócio do Carrefour, não estão atraentes com a atual inflação no país, segundo o blog. De acordo com o FT, a dificuldade de se deslocar no trânsito de cidades como São Paulo para comprar em grandes lojas de varejo faz com que os consumidores comprem nos estabelecimentos locais e nas lojas menores. No entanto, considerando que cada estabelecimento de pequeno porte tem um dono independente, esse tipo de aquisição está fora questão para um gigante como o Walmart.

Resta o Atacadão do Carrefour como opção de compra, com seus preços baixos para o consumidor. Segundo o Financial Times, as atrações no negócio são "óbvias" para o Walmart, depois da queda nas vendas nos Estados Unidos, de 0,9%, e o aumento das receitas internacionais, de 16,2%.

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