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Aston Martin já cumpriu 33% da meta de vendas no Brasil

Inaugurada no início do mês, concessionária da montadora conhecida pelo carro de James Bond espera dobrar seus negócios em 2011

Modelo DBS, da Aston: por 1,25 milhão de reais você pode ter o carro usado pelo espião James Bond

Modelo DBS, da Aston: por 1,25 milhão de reais você pode ter o carro usado pelo espião James Bond

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2012 às 11h16.

São Paulo - Quem não gostaria de se sentir como James Bond, guiando um bólido avaliado em um milhão de reais? O carrão que virou um dos símbolos de elegância do famoso espião não está atraindo brasileiros apenas para as salas de cinema -- a demanda dos compradores surpreendeu a montadora britânica (confira galeria de imagens).

A Aston Martin inaugurou sua primeira -- e única -- concessionária brasileira no dia 8 de agosto. Instalada na capital paulista, a loja vendeu, em apenas dez dias, dez veículos. O número representa, veja só, 33% da meta da concessionária para os próximos 12 meses: vender 30 unidades do esportivo de luxo.

O volume de vendas, neste mês, foi o maior registrado entre as 135 concessionárias da Aston no mundo. A liderança era de um concessionário de Londres, que vende, em média, 10 carros por mês.

Frota maior

Com o bom desempenho, a revendedora já pediu mais 20 carros, que devem chegar ao país até o fim do ano. A representante também aumentou sua projeção para 70 veículos vendidos em 2011. Entre os modelos vendidos, está o DBS, avaliado em 1,25 milhão de reais. É o mesmo utilizado por Bond no filme Cassino Royale.

O empresário Sergio Habib, presidente do Grupo SHC, foi o responsável por trazer a montadora ao país. O grupo importador e distribuir de veículos é dono de 43 concessionárias Citroen -- da qual Habib foi presidente --, além de ser o distribuidor da Jaguar, Ford e Volkswagen.

Há 11 anos, Habib tentou pela primeira vez trazer a Aston para o Brasil, mas os executivos dos Estados Unidos, que comandam as operações no continente americano, se mostraram receosos em investir no país que ainda não tinha uma economia fortalecida.


Ajuda da crise

Ironicamente a crise econômica mundial de 2008 facilitou a vinda da montadora para o Brasil. O motivo é simples. Como o Brasil sofreu menos com a quebradeira internacional -- menos ainda as empresas automotivas -- os executivos da Aston começaram a avaliar a possibilidade de entrada no país.

Em 1994, a marca foi vendida para a Ford, que não conseguiu um bom desempenho em vendas dos veículos. A saída encontrada pela montadora americana foi vender a Aston Martin para um fundo de investimento britânico, em 2007, o que possibilitou a marca explorar outros mercados como o Brasil. Depois de um ano e meio de negociações, o contrato foi fechado em fevereiro de 2009.

Quero ser James Bond

Não é qualquer um que pode ser dar ao luxo de gastar a bagatela de 1 milhão de reais em um carro. Entre os compradores, estão empresários de setores variados, advogados, médicos e artistas, que representam metade das vendas. A outra metade, segundo Habib, é composta por "compradores surpresa".

"São aqueles que ganham dinheiro de uma hora para outra. Pode ser um empresário que fez um IPO (abertura de capital) de sua empresa, alguém que recebeu uma herança ou conseguiu um bom dinheiro com a venda de algum imóvel ou propriedade”, disse ele ao site EXAME.

A venda dos carros, segundo ele, é beneficiada por dois motivos: grande abrangência de faixa etária -- ao contrário dos concorrentes Ferrari e BMW, focados num público mais velho -- e, claro, o fato de ser o carro do espião mais famoso do cinema.

Quem deseja comprar o mimo pode se dirigir ao showroom da marca, no bairro nobre dos Jardins, na capital paulista. A montadora investiu 2 milhões de reais num espaço de 400 metros quadrados. Cada detalhe foi levado em conta: o ambiente é decorado com mármore italiano, peças de móveis ingleses -- até a válvula dos vasos sanitários foram importadas da Itália.

Segundo Habib, 35% são moradores de São Paulo. O restante vive fora da capital, mas compra na cidade. "Um showroom aqui é suficiente para atender os clientes. Há muita gente que tem como programa vir a São Paulo para fazer compras, além de tratar de negócios na cidade", diz.


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