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Credores da Oi se reúnem para discutir plano de reestruturação

A assembleia, que poderá decidir o futuro da operadora de telecomunicações, conta com representantes de mais de 4 mil credores presentes

Presidente da Oi, Eurico Teles, fala durante assembleia: segundo o administrador judicial, em todas as classes, há mais da metade dos credores presentes (Pilar Olivares/Reuters)

Presidente da Oi, Eurico Teles, fala durante assembleia: segundo o administrador judicial, em todas as classes, há mais da metade dos credores presentes (Pilar Olivares/Reuters)

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Reuters

Publicado em 19 de dezembro de 2017 às 15h53.

Última atualização em 19 de dezembro de 2017 às 17h38.

Rio de Janeiro - A assembléia geral de credores da operadora de telefonia Oi, que apresentou pedido de recuperação judicial em junho do ano passado, foi aberta no começo da tarde dessa terça-feira com o quórum necessário para a discussão do plano de reestruturação da companhia.

A assembleia, que poderá decidir o futuro da operadora de telecomunicações, conta com representantes de mais de 4 mil credores presentes e ocorre no centro de convenções Riocentro, em um espaço de 2.200 metros quadrados.

A Oi listou dívidas de mais de 65 bilhões de reais e 55 mil credores, que incluem detentores de bônus da empresa que possuem cerca de 22 bilhões de reais da dívida além de representantes de órgãos e instâncias do governo federal como Agência Nacional de Telecomunicações, Banco do Brasil, Caixa e BNDES.

Segundo o administrador judicial, em todas as classes, há mais da metade dos credores presentes, o que viabilizou o início da assembléia. A assembleia deveria ter ocorrido em 9 de outubro, mas já foi adiada cinco vezes em meio a fortes desentendimentos entre acionistas, que incluem o grupo português Pharol e o fundo Société Mondiale, do empresário Nelson Tanure, e detentores de bônus.

Na classe 1, a dos credores trabalhistas, conta com 83 por cento dos mais de 4 mil credores desta categoria presentes. Na classe 2, que reúne o único credor com garantia real, o BNDES, também tem representante na reunião.

Na classe 3, que reúne bancos, bondholders, fornecedores e a Anatel, a presença é de 59,9 por cento e na classe 4, que reúne as microempresas, há presença de 51,58 por cento.

A reunião iniciou a discussão com debate sobre se a Oi deve seguir um plano de recuperação para cada uma das sete entidades que compõem o grupo ou se uma única proposta consolidada deve ser adotada para a reestruturação da operadora que é a principal fornecedora de serviços de telecomunicações para o governo e que tem atuação nacional.

O presidente-executivo da Oi, Eurico Teles, bem como os bancos estatais defenderam a consolidação do plano de recuperação antes da assembleia ser suspensa por 30 minutos por volta das 13:10.

"A empresa é única, com caixa único e se houver separação da empresa será difícil para os credores e para a sobrevivência da companhia", afirmou Teles durante a assembleia.

Às 13:26, as ações ordinárias da Oi exibiam alta de 1,4 por cento, a 3,60 reais, enquanto as preferenciais mostravam ganho de 4,6 por cento. Os papéis não fazem parte do Ibovespa, que tinha queda de 0,9 por cento no horário.

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