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Assembleia de acionistas da Via Varejo elege novo conselho

Sob a presidência do controlador Michael Klein, o próximo conselho terá a difícil missão de guiar a empresa em seu recomeço

Casas Bahia: a Via Varejo valorizou 147% na bolsa desde a volta de Michael Klein, em junho (Germano Lüders/Exame)

Casas Bahia: a Via Varejo valorizou 147% na bolsa desde a volta de Michael Klein, em junho (Germano Lüders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2019 às 06h31.

Última atualização em 2 de setembro de 2019 às 07h00.

São Paulo — Serão oficializados hoje os nomes que vão orientar a Via Varejo em sua nova fase. A varejista, dona de Casas Bahia e Ponto Frio, realiza nesta segunda-feira 2, a partir das 10h, uma assembleia com acionistas para oficializar os próximos membros de seu conselho de administração.

O conselho anterior renunciou em junho após o empresário Michael Klein tornar-se controlador da companhia.

Klein, que já tinha 25% dos papéis da Via Varejo, comprou em leilão outros 1,6% do capital vindos do Grupo Pão de Açúcar (GPA), então acionista majoritário, mas que vendeu toda a sua participação na companhia.

A família Klein era dona das Casas Bahia antes de a rede se fundir com o Ponto Frio, criando a Via Varejo em 2010. Após uma disputa acionária, a empresa terminou controlada pelo GPA (do grupo francês Casino).

Com a reestruturação societária, Michael Klein passou a ocupar o cargo de presidente do Conselho de Administração em 26 de junho.

A assembleia de hoje vai oficializar os novos seis conselheiros, que concorrem em chapa única, indicada pela administração da empresa (dois deles independentes). São eles: Marcel Cecchi Vieira, Rogério Paulo Calderón Peres (independente), João Luiz Moreira de Mascarenhas Braga (independente), André Coji e José Mario Ferreira.

Além do conselho anterior, quase toda a diretoria também deixou a Via Varejo com a saída do GPA, incluindo o presidente executivo, Peter Estermann.

Também em junho foi empossado o novo presidente, Roberto Fulcherberguer, que já trabalhou na operação da Via Varejo e desde 2013 estava no conselho de administração da empresa. Com 20 anos de experiência no Varejo, Fulcherberguer é de confiança dos Klein e o nome escolhido para levar a Via Varejo a uma nova era.

É o que a Faria Lima também espera. A ação da Via Varejo valorizou 147% desde a volta de Michael Klein. A aposta é que a Via Varejo pode ser o “novo Magazine Luiza”, cuja ação valorizou mais de 100 vezes nos últimos três anos.

Sob o comando familiar do presidente Frederico Trajano, a empresa conseguiu fazer uma boa integração das operações físicas com o online, hoje responsável por mais de 40% das vendas (ante 18% na Via Varejo).

“Vendemos 10 bilhões de reais a mais do que nossa principal concorrente, mas eles valem 34 bilhões de reais a mais na Bolsa”, disse Fulcherberguer em vídeo divulgado aos funcionários logo que assumiu, sem citar nominalmente o Magalu.

A assembleia de hoje na Via Varejo, além da eleição dos conselheiros, vai oficializar a remuneração do conselho administrativo e fiscal e da diretoria executiva e aprovar novo Plano de Opção de Compra de Ações para executivos chave, que vão ganhar mais se a companhia for bem. Mas até chegar ao crescimento esperado pelos investidores, os novos conselheiros e a nova diretoria, sob a batuta de Klein, terão muito trabalho a fazer.

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