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Assaí prevê manter ritmo de crescimento em 2017

O GPA prevê abrir seis novas lojas Assaí e converter pelo menos 15 unidades da bandeira Extra Hipermercado em estabelecimentos da rede de atacarejo

Assaí: "Para 2017, há um foco especial no Nordeste, nós já fizemos uma ampliação importante, tem a ver com o fato de o atacado ser uma solução boa onde a logística é muito difícil" (Paulo Whitaker/Reuters)

Assaí: "Para 2017, há um foco especial no Nordeste, nós já fizemos uma ampliação importante, tem a ver com o fato de o atacado ser uma solução boa onde a logística é muito difícil" (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 11 de janeiro de 2017 às 16h43.

Última atualização em 11 de janeiro de 2017 às 18h19.

São Paulo - O Assaí Atacadista, bandeira do Grupo Pão de Açúcar que atua no segmento de atacado de autosserviço, espera manter ritmo de crescimento das vendas de 2016 neste ano em estratégia de expansão orgânica que tem o Nordeste como um dos focos de atenção.

O GPA, empresa do grupo francês Casino, divulga na sexta-feira seus números de vendas de 2016, incluindo a receita líquida total do Assaí, que deve mostrar forte alta em relação a 2015.

"A perspectiva é chegar ao final do ano (de 2016) com algo por volta de 15 bilhões, 16 bilhões de reais", afirmou à Reuters o presidente do Assaí, Belmiro Gomes, sobre o faturamento da rede de atacarejo.

Em 2015, a receita líquida com vendas totais do Assaí somou 10,45 bilhões de reais, um acréscimo de 25,5 por cento em relação a 2014.

Belmiro disse que os últimos três meses do ano passado acompanharam o ritmo de expansão na base anual verificado nos trimestres anteriores, principalmente na base mesmas lojas,abertas ao menos por 12 meses consecutivos.

No terceiro trimestre, a receita líquida do total de lojas do Assaí cresceu 45,7 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior. Nos nove primeiros meses de 2016, apurou alta de 39,8 por cento. O GPA não abre dados de mesmas lojas do Assaí.

Para 2017, o GPA prevê abrir seis novas lojas Assaí e converter pelo menos 15 unidades da bandeira Extra Hipermercado em estabelecimentos da rede de atacarejo, para ampliar sua presença no país. Belmiro não especificou as localizações das novas unidades.

O executivo destacou que as 13 novas lojas Assaí de 2016 (11 novas e 2 convertidas) foram pulverizadas em nove Estados e que a ideia este ano é continuar aumentando a capilaridade em todas as regiões, mas citou atenção especial ao Nordeste. O

Assaí encerrou 2016 com 107 unidades em 16 Estados, a maior parte na região Sudeste.

"Para 2017, há um foco especial no Nordeste, nós já fizemos uma ampliação importante, tem a ver com o fato de o atacado ser uma solução boa onde a logística é muito difícil", afirmou.

Para os investimentos em novas lojas e conversões, a rede pretende seguir usando caixa próprio. "O Assaí já está autônomo em termos de geração de caixa, mesmo com taxas altas de investimentos em três anos", disse o executivo.

De acordo com o executivo, até 2013, o Assaí era dependente do GPA. Para 2017, a previsão é de que esses aportes fiquem iguais ou superem, "mas não muito", os quase 500 milhões de reais investidos em 2016, acrescentou.

Apesar do uso de caixa próprio, o Assaí tem ganhando peso na estratégia do GPA, conforme vem sendo o principal motor de vendas do maior varejista do país, o que, segundo Belmiro, se reflete na decisão de conversão de lojas, entre outros fatores.

O Assaí representava 15,1 por cento das vendas líquidas do GPA em 2015, proporção que subiu para 22,3 por cento no final do terceiro trimestre de 2016.

O executivo também se mostra confiante na manutenção do fluxo de consumidor final no setor em 2017 em relação a 2016, citando o cenário econômico ainda difícil e com muitas incertezas no Brasil.

"A crise trouxe o consumidor final em 2016", disse o executivo, citando que dados da Nielsen já haviam mostrado que 2,5 milhões de famílias migraram dos canais tradicionais de varejo para o setor atacadista em 2015.

"Isso deve ter se repetido em 2016 e até se acentuado."

Ele, porém, vê resiliência do segmento no caso de melhora da economia brasileira, citando que os preços menores devem manter esse público.

"Quando uma diferença de preço atinge em torno de 15 por cento ... ela começa a ser relevante."

O aumento do números de lojas e a remodelação do formato também é citada por ele como mais um fator para ajudar no crescimento.

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