São Paulo – O que faz uma empresa ser odiada? A consultoria americana 24/7 Wall St. listou uma série de fatores que podem contribuir para a repulsa de uma determinada companhia no mercado. De acordo com ela, uma empresa que não sabe tratar bem seus clientes, não agrada seus acionistas ou não respeita seus funcionários tem grande chance de estar entre as mais detestadas. A 24/7 Wall St. reuniu dez empresas que não são muito queridas nos Estados Unidos. Veja, a seguir, quem são elas:
Sim, a empresa de Mark Zuckerberg, o Facebook, também está entre as mais odiadas dos Estados Unidos, de acordo com a 24/7 Wall St. A razão para a rede social ser tão odiada é simples: a desvalorização das ações da companhia, três meses após seu IPO. Sabe-se que os investidores que compraram ações do Facebook perderam dinheiro na época e o descontentamento foi generalizado.
A BlackBerry (ex-RIM) foi uma das precursoras dos smartphones no mundo, mas nem por isso está entre as companhias mais adoradas nos Estados Unidos. De acordo com a 24/7 Wall St., por lá em vem perdendo gradativamente participação de mercado e um dos seus mais recentes lançamentos, o BlackBerry Storm, não foi bem aceito pelos consumidores americanos.
A American Airlines também está entre as empresas mais detestadas dos Estados Unidos, segundo a 24/7 Wall St., e a forma como a companhia lida com seus funcionários é uma das principais razões para isso. Para se ter uma ideia, a American Airlines está entre as empresas mais rudes com seus trabalhadores e a que tem um dos piores atendimentos ao cliente, de acordo com o American Customer Satisfaction Index (ACSI).
O Citigroup também aparece entre as empresas mais odiadas dos Estados Unidos. O grupo financeiro, no ano passado, viveu um dos piores anos de sua história, com prejuízos recorrentes em todos os trimestres e anúncios de demissões em massa. A insatisfação do mercado era tanta, que o banco precisou trocar de CEO para acalmar os ânimos dos acionistas.
Segundo o 24/7 Wall St., a Nokia vem pecando quando o assunto é smartphones e essa é uma das razões de ela ser considerada uma das empresas mais odiadas dos Estados Unidos. A Nokia já foi a maior companhia de celulares do mundo, mas perdeu o posto para a Samsung no ano passado. Para o mercado, a parceria feita com a Microsoft também não foi bem-sucedida. Nos últimos dois anos, as ações da Nokia desvalorizaram cerca de 60% e o valor da empresa caiu 16%.
A Hewlett-Packard (HP) foi eleita a pior companhia do setor de informática dos Estados Unidos, em 2012, segundo o ACSI e para o 24/7 Wall St. isso já é motivo suficiente para ela estar entre as mais odiadas do país. De acordo com a consultoria, a HP é mal administrada e não traz retorno para os acionistas. A companhia já chegou a lucrar 8 bilhões de dólares por ano e, só no ano passado, perdeu quase 13 bilhões de dólares. As ações também desvalorizaram 40% em 2012, além das centenas de demissões em massa.
A varejista JC Penney, segundo a 24/7 Wall St., tem se mostrado um grande desastre quando o assunto é gestão e, por isso está entre as mais odiadas dos Estados Unidos. Em 2011, quando Ron Johnson assumiu o comando da rede, ele adotou uma política de preços nova para a companhia. A iniciativa fez com que as vendas caíssem 20% no primeiro trimestre de 2012 e os acionistas ficassem irritados.
No ano passado, a Deutsche Telekom, dona da T-Mobile, bem que tentou vender para a AT&T a companhia, mas a operação foi vetada pelas autoridades americana. A operação refletia o desejo da Deutsche Telekom de se desfazer de um ativo problemático para os seus negócios. Segundo o 24/7 Wall St., está entre as piores operadoras de telefonia móvel dos Estados Unidos.
A Dish, empresa americana do setor de telecomunicação, também não está entre as mais queridas dos Estados Unidos. Segundo o 24/7 Wall St., a péssima qualidade dos serviços oferecidos aos clientes é principal razão para a companhia ser tão odiada.
A varejista Sears já fez muito sucesso nos Estados Unidos, mas vem perdendo seu glamour por lá. Nos últimos cinco anos, o valor de suas ações caiu mais de 60%. Somente no ano passado, a rede acumulou perdas de 2,8 bilhões de dólares. De acordo com a 24/7 Wall St., além do mau desempenho financeiro, a varejista está entre as piores do setor no quesito grandes liquidações. Por isso, ela não é tão querida no mercado americano.
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