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As apostas de Abílio Diniz ao sair do Pão de Açúcar

Depois de vender as últimas ações do grupo varejista, Diniz se torna um investidor


	Abilio Diniz: o empresário e sua família estão fazendo diversas aquisições e compras de ações, a partir do grupo Península Participações
 (Raul Junior/EXAME.com)

Abilio Diniz: o empresário e sua família estão fazendo diversas aquisições e compras de ações, a partir do grupo Península Participações (Raul Junior/EXAME.com)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 14 de outubro de 2014 às 11h57.

São Paulo – Abílio Diniz vendeu as últimas ações do Grupo Pão de Açúcar e saiu da empresa. As vendas deste último lote somaram R$ 450 milhões na semana passada. Mas engana-se quem pensa que o empresário do varejo irá se aposentar.

Nos últimos meses, Abílio e sua família estão fazendo diversas aquisições e compras de ações, a partir do grupo Península Participações, o braço de investimentos da família Diniz.

A empresa gerencia R$ 10 bilhões, entre investimentos líquidos, imóveis e o caixa a ser ainda aplicado.

Hoje, são mais de cem profissionais na Península, comandados por Eduardo Rossi, presidente executivo e de investimentos do grupo.

A partir das vendas das ações e lojas do Pão de Açúcar, o grupo arrecadou R$ 5,3 bilhões. A Península está investindo em empresas de educação, indústrias e varejo, a origem de Abílio Diniz.

Anima Educação

A família do empresário adquiriu ações da companhia de ensino Anima Educação, dona da faculdade São Judas Tadeu, de São Paulo.

No dia 23 de setembro, obtiveram 5 milhões de ações ordinárias, equivalentes a 6,03% do capital da empresa de educação. Esta é a aplicação mais relevante do fundo até agora. As ações foram compradas do fundo BR Educacional, que passa a ter 4,14% de fatia na Anima. 

Fontes informaram que os papéis foram vendidos por um valor próximo de sua cotação na Bolsa. Por esse cálculo, a família teria investido cerca de R$ 138 milhões.

BRF

A Brasil Foods faz parte, hoje, do setor mais importante do grupo, o de projetos grandes e estratégicos. Com R$ 1,5 bilhão aplicado na empresa de alimentos, Diniz é também o presidente do conselho.

Eduardo Rossi, presidente executivo e de investimentos do grupo, explicou ao jornal Valor que “este segmento deve ter mais uma grande empreitada e, no máximo, mais duas”. 

Carrefour

O empresário Abílio Diniz não conseguiu ficar muito tempo longe do varejo. Fontes afirmaram ao jornal O Estado de S. Paulo que ele teria investido R$1 bilhão para a aquisição de quase 3% das ações do Carrefour.

Em maio deste ano, Diniz se tornou o quarto maior acionista do grupo francês de supermercados. Abilio Diniz ampliou sua participação acionária no grupo de 1% a uma taxa que varia de 2% a quase 3%.

As transações, que envolveriam três bancos europeus, movimentaram entre € 200 milhões e € 500 milhões.

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