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1. Resultados de 2011 foram superiores aos de 2009
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1/11 (Leonardo Colosso)
São Paulo – A Fundação Dom Cabral (FDC) divulgou hoje (29/6) a 6ª edição do ranking das empresas mais internacionalizadas do Brasil. Os resultados desse estudo foram superiores aos obtidos no ano anterior, segundo a Fundação. Com a retomada da economia, as 49 empresas participantes do ranking registraram um aumento médio de 17,4% no seu índice de transnacionalidade. Nesse ano, a FDC destacou o efeito da recuperação econômica nos investimentos, no Brasil e no exterior. O investimento brasileiro direto no exterior voltou a crescer e alcançou 11 bilhões de dólares em 2010. O fluxo de capitais brasileiros a outros países foi o terceiro maior desde 1994. O Investimento estrangeiro direto no Brasil passou dos 48 bilhões de dólares – o pico, desde 1994. A margem de lucro aumentou em 124% e as receitas aumentaram em 27%, o que evidencia a eficiência nas empresas em reduzir custos desnecessários, segundo Lívia Barakat, Professora Assistente da FDC. O ano de 2010 foi marcado por aquisições, segundo a FDC, além de novos empreendimentos greenfield. No ano, onze empresas entraram em 28 novos países e quatro fecharam ou interromperam operações em algum país. As transnacionais mantiveram a maior parte (30,9%) de suas operações na América do Sul, seguida pela Europa (21,1%) e pela Ásia (16,8%).
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2. JBS mantém a liderança
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2/11 (John Blake/EXAME.com)
São Paulo – O frigorífico JBS já havia sido considerado a empresa mais internacionalizada no ranking de 2010 e, nesse ano, ocupou a mesma colocação. A empresa obteve um índice de transnacionalidade de 0,596. O JBS também liderou em dois dos três critérios usados pela FDC para a pesquisa, as receitas e o número de funcionários. O JBS concentra 77,4% das suas vendas, 39,8% de seus ativos e 61,7% dos seus funcionários no exterior. A empresa possui 140 unidades de produção no mundo. Os países em que ela atua, além do Brasil, são: Argentina, Austrália, Estados Unidos, Itália, México, Rússia e Uruguai.
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3. Stefanini desponta no ranking
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3/11 (Germano Lüders/EXAME.com)
São Paulo - A Stefanini IT Solutions é a segunda empresa mais internacionalizada do país, com índice de transnacionalidade de 0,469. A empresa passou da 17ª posição no ranking de 2010 para o segundo lugar em 2011. Ela é a companhia brasileira com maior volume de ativos no exterior em relação ao total. Esse salto da empresa ocorreu em decorrência da aquisição de duas companhias nos Estados Unidos (TechTeam, que já tinha presença em dez países e CXI) e uma na Colômbia (Informática e Tecnologia). A Stefanini possui, no exterior, 36,1% de sua receita, 67,7% de seus ativos e 37,0% de seus funcionários. A empresa foi fundada em 1987 e iniciou seu processo de internacionalização em 1996, através da abertura de um escritório comercial na Argentina. A empresa cresceu organicamente fora do país e chegou ao Canadá, Chile, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, Índia, Itália, México, Peru, Portugal e Reino Unido. O foco principal de seu crescimento no exterior continua sendo os Estados Unidos, mas a empresa também considera a possibilidade de aquisições no mercado europeu.
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4. Gerdau cai para o terceiro lugar e prevê mais investimentos
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4/11 (Miriam Fichtner/Pluf Fotos)
São Paulo - O índice 0,462 obtido pela Gerdau lhe rendeu o terceiro lugar no ranking. Uma queda, uma vez que a empresa foi a segunda colocada no ranking de 2010 e a primeira em 2009. A Gerdau atua em 13 países além do Brasil. Seu processo de internacionalização começou em 1980, com a compra da siderúrgica Laisa no Uruguai. Atualmente, a empresa concentra 35,3% de sua receita, 58,0% de seus ativos e 45,3% de seus funcionários no exterior. Os planos da Gerdau para o futuro contemplam investimentos de 560 milhões de reais em sua operação nos Estados Unidos até 2014.
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5. Ibope cai para o 4° lugar
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5/11 (Cláudio Pedroso)
São Paulo – O Ibope registrou um índice de transnacionalidade de 0,423 em 2010 e, com isso, caiu da 3° posição no ranking de 2010 para a 4° em 2011. A empresa concentra 26% de suas receitas, 48,6% de seus ativos e 52,2% de seus funcionários no exterior. O Ibope possui unidades em 13 países da América Latina. A empresa adquiriu recentemente o instituito de pesquisas norte-americano Zogby International.
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6. Marfrig sobe com compra da Keystone Foods
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6/11 (Divulgação)
São Paulo – A Marfrig registrou um índice de transnacionalidade de 0,380. A empresa, subiu do 6° lugar no ranking de 2010 para o 5ª no ranking de 2011. A Marfrig registrou 39,2% de sua receita, 37,7% de seus ativos e 37,2% de seus funcionários no exterior. Nesse ano, a empresa comprou a norte-americana Keystone Foods, uma das maiores fornecedoras e processadoras de carne do mundo, o que lhe forneceu acesso a nove novos mercados, em que a Keystone Foods já atuava. A Marfrig soma mais de 40 aquisições realizadas nos últimos quatro anos, entre empresas, ativos e marcas. O mercado chinês é um dos focos do grupo para investimentos futuros.
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7. Metalfrio cai do 4° para o 6° lugar
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7/11 (Paulo Vitale/Exame)
São Paulo – A Metalfrio ocupa o 6° lugar no ranking com um índice de transnacionalidade de 0,337. A empresa concentra no exterior 19,7% de sua receita, 31,9% de seus ativos e 49,4% de seus funcionários. A Metalfrio iniciou sua internacionalização em 2006, principalmentente através de aquisições. A empresa possui unidades de produção no Brasil, México, Turquia e Rússia e centros de distribuição nos Estados Unidos e na Dinamarca. Em suas operações no exterior, a Metalfrio costuma priorizar a manutenção e a contratação de funcionários da população local. A empresa havia obtido o 4° lugar em 2010.
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8. Odebrecht cai para o 7° lugar
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8/11 (Divulgação/Odebrecht)
São Paulo – Com índice de transacionalidade de 0,327, a empresa caiu da 5ª posição no ranking de 2010 para a 7° em 2011. A Odebrecht concentrou 36,7% de sua receita, 25,8% de seua ativos e 35,6% de seus funcionários fora do Brasil em 2010. A empresa começou sua internacionalização em 1979. Desde então, ela passou por 35 países, em quatro continentes.
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9. Suzano, com manufaturados, sobe para o 8° lugar
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9/11 (Germano Lüders/EXAME.com)
São Paulo – A Suzano Papel e Celulose estava no 10° lugar do ranking desde 2009. Na edição de 2011 a empresa chegou ao 8° lugar, com um índice de transnacionalidade de 0,315. A receita da Suzano no exterior corresponde a 77,0% de sua receita total. Isso é resultado da venda de produtos manufaturados no Brasil e da atuação de seus escritórios comerciais nos Estados Unidos, Inglaterra, Suiçã, Argentina e China. A Suzano concentrou 13,1% de seus ativos e 4,3% de seus funcionários fora do país.
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10. Sabó cai para o 9° lugar
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10/11 (Omar Paixão)
São Paulo – A Sabó havia ocupado a 8ª posição no ranking de 2010 e o 2° em 2009. Em 2011, a empresa passou para o 9° lugar. A Sabó atua no ramo de autopeças e concentra, no exterior, 36,7% de suas receitas, 20,5% de seus ativos e 36,0% de seus funcionários. Além do Brasil, a empresa tem plantas na Argentina, Estados Unidos, Alemanha, Áustria, China e Hungria, e tem escritórios técnico-comerciais na França, Inglaterra e Japão.
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11. Vale está presente em 37 países, mas ocupa o 10° lugar
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11/11 (Divulgação)
São Paulo - A Vale ocupa o décimo lugar no ranking, com um índice de 0,292. A empresa concentra 23,3% de suas receitas, 43,5 de seus ativos e 20,9% de seus funcionários no exterior. Com atuação em 37 países além do Brasil, ela é a transnacional brasileira com maior presença no exterior. “Há empresas enormes no Brasil e no exterior, mas que por serem muito grandes no país não se destacam na internacionalidade”, disse Sherban Leonardo Cretoiu, Professor Coordenador do Núcleo de Negócios Internacionais da FDC. A Vale tem destacada atuação na Ásia e na África, com 37,8% e 24,3% de índice de regionalidade (número de países em que atua na região dividido pelo número total de países em que a empresa está presente) nessas regiões, respectivamente. A Vale ocupou o 7° lugar do ranking em 2010 e o 4° em 2009.