Toyota: montadora fechou parceria com empresa que fabrica chips (Mike Blake/Reuters)
Reuters
Publicado em 8 de outubro de 2019 às 16h48.
A ARM Holdings, empresa britânica de tecnologia de chips pertencente ao grupo japonês Softbank está se unindo às montadoras General Motors e Toyota para criar sistemas de computação para carros autônomos.
A ARM projeta chips usados nos smartphones atuais, mas não os fabrica. Os laços da companhia com a indústria automotiva remontam ao final dos anos de 1990, quando as montadoras começaram a adicionar processadores aos veículos para funções como controle do motor e diagnóstico.
Nesta terça-feira, a ARM disse que estava ajudando a criar o Consórcio de Computação Autônoma para Veículos (AVCC), juntamente com as duas montadoras e fornecedoras do setor Bosch, Denso Corp e Continental. O grupo também é integrado pelas empresas de semicondutores Nvidia e NXP Semiconductors, ambas incorporando a tecnologia da ARM em seus chips.
Com montadoras de veículos e empresas de tecnologia trabalhando em veículos autônomos, os analistas esperam que o número de chips nos carros cresça. Mas os veículos de teste atuais que estão sendo usados para desenvolver software de direção autônoma estão usando o mesmo tipo de chips usados em centrais de processamento de dados.
Em todo o setor, as empresas de chips e as montadoras concordam que o consumo de energia e o tamanho dos sistemas devem ser cortados drasticamente para serem incorporados em veículos para o público em geral, talvez em um décimo ou menos dos níveis dos sistemas atuais.
"Acabei de voltar de viagens dos EUA e da China e tive a oportunidade de andar em quatro tipos diferentes de veículos autônomos. Eles eram ótimas plataformas de protótipos para testar o software, mas quando pedi para ver a eletrônica, literalmente havia servidores na carroceria", disse Chet Babla, vice-presidente da área de automóveis da ARM, em entrevista à Reuters. "Temos um longo caminho a percorrer."
O AVCC será um grupo independente financiado por taxas de associação das empresas que ingressam nele.
A primeira tarefa do grupo será estabelecer uma arquitetura de computação comum. Esse esforço visa facilitar a criação de softwares para empresas de automóveis que trabalharão com chips de diferentes fornecedores, semelhante à maneira como o software baseado no Windows, da Microsoft, funciona em processadores da Intel ou da AMD.