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Argentina denuncia mineradora Barrick Gold por vazamento

O incidente aconteceu pelo desajuste de um encanamento e, segundo a companhia canadense, não representou riscos para a saúde e o meio ambiente


	Mineração: "A ação judicial inclui o pedido de medidas complementares de monitoração e controle antes da reabertura da mina"
 (André Valentim/Site Exame)

Mineração: "A ação judicial inclui o pedido de medidas complementares de monitoração e controle antes da reabertura da mina" (André Valentim/Site Exame)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2016 às 16h38.

Buenos Aires - O governo da Argentina apresentou nesta quinta-feira uma denúncia contra a filial no país da companhia canadense Barrick Gold por um recente vazamento de cianureto ocorrido na mina de ouro Veladero, informaram fontes oficiais.

O Ministério de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável argentino "tornou efetiva esta manhã a apresentação perante a Justiça Federal de San Juan", onde se encontra Veladero, por "descumprimentos e inconsistências" da Barrick Gold em relação ao vazamento do último dia 8 de setembro - o segundo ocorrido em um prazo de um ano -, segundo informou a pasta em comunicado.

"A ação judicial inclui o pedido de medidas complementares de monitoração e controle antes da reabertura da mina, que atualmente tem as atividades suspensas por requerimento da província", acrescenta o texto.

"O segundo fundamento da ação judicial tem a ver com o protocolo e o procedimento perante o fato e por sua demora na notificação formal por parte da empresa", especifica o comunicado.

"Por último, se requererá que se implemente uma auditoria ambiental e de processo (com uma periodicidade possível de dois meses), e que seus resultados sejam informados à autoridade ambiental de aplicação competente", conclui o texto.

O incidente do último dia 8 de setembro aconteceu pelo desajuste de um encanamento e, segundo a companhia canadense, não representou riscos para a saúde e o meio ambiente já que não houve contato com nenhum curso de água externo.

No entanto, o governo da província de San Juan ordenou o fechamento preventivo da mina.

Em setembro de 2015 já tinha ocorrido outro vazamento, causado por uma falha no circuito de transporte, que acarretou uma multa para a mineradora canadense de US$ 9,7 milhões e o indiciamento de nove de seus diretores na Argentina.

Naquela ocasião, o vazamento atingiu 1.072 metros cúbicos de solução de cianureto e, segundo o expediente judicial, houve contaminação dos rios Potrerillos, Las Taguas e La Palca, localizados na área próxima à mina de extração de ouro.

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