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Arezzo aumenta uso de ferramentas digitais para ampliar vendas

A companhia está ampliando o uso de soluções tecnológicas, como a consulta online de estoques e vendas combinadas entre online e lojas físicas

Arezzo: "O mais importante do negócio é o tráfego e a medição disso pode nos dar um crescimento exponencial das vendas" (Arezzo/Divulgação)

Arezzo: "O mais importante do negócio é o tráfego e a medição disso pode nos dar um crescimento exponencial das vendas" (Arezzo/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 15 de dezembro de 2017 às 19h50.

São Paulo - A fabricante de calçados e acessórios femininos Arezzo&Co está intensificando o uso de ferramentas digitais para ampliar a taxa de conversão de vendas, inclusive medindo o tráfego nas lojas e o uso conjunto de canais físicos e digitais.

A companhia dona das marcas Arezzo, Schutz, AnaCapri, Alexandre Birman e Fiever, está ampliando o uso de soluções tecnológicas, como a consulta online de estoques e vendas combinadas entre online e lojas físicas para diminuir as chances de consultas de consumidores não convertidas em vendas, disse à Reuters o diretor financeiro da companhia, Daniel Levy.

A iniciativa vai envolver a instalação de câmeras para medir o comportamento de consumidores desde a vitrine, o que ajudará a empresa a ter uma ideia mais precisa de quanto das consultas e visitas de consumidores se tornam vendas, disse ele.

"O mais importante do negócio é o tráfego e a medição disso pode nos dar um crescimento exponencial das vendas", disse.

A companhia, especializada no público feminino das classes A e B, já tem usado uma série de recursos para evitar que casos como a falta de tamanhos ou modelos pedidos por clientes prejudiquem vendas.

Um aplicativo desenvolvido em conjunto com a Cielo, por exemplo, permite que as clientes saibam num dispositivo eletrônico operado por vendedores todos os modelos e números disponíveis. Na eventual falta do produto, a cliente pode fazer sua encomenda para outra loja e o produto é entregue na casa da compradora.

Essas iniciativas ajudaram a Arezzo&Co a superar a recessão econômica no país sem grandes solavancos. A companhia teve lucro de 37,7 milhões de reais no terceiro trimestre, alta de 6,3 por cento sobre um ano antes. O lucro ante de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) cresceu 17 por cento e a margem subiu 1,6 ponto, para 17,6 por cento.

Segundo Levy, as vendas online da companhia devem seguir crescendo nos próximos trimestres. A participação desse segmento nas vendas totais era de 6 por cento no começo do ano e deve fechar 2017 em 8 por cento, podendo chegar a 15 por cento mais à frente.

Além do plano de abrir de 55 a 60 lojas no país em cidades de 100 mil a 150 mil habitantes em 2018, a Arezzo&Co planeja expandir suas operações nos Estados Unidos em 2018. A companhia fez neste ano parceria e já tem suas marcas em 20 lojas de departamentos Nordstrom. Além disso, a Arezzo&Co, que já exporta para 68 países, deve reforçar a expansão para novos mercados, especialmente para Europa e América Latina, disse ele.

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