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Areva tem interesse apenas em contratos eólicos da Alstom

Grupo nuclear quer utilizar a sua própria tecnologia de turbinas em vez da do grupo de engenharia


	Alstom: aquisição pela Areva de atividades eólicas offshore da Alstom significaria principalmente assumir o contrato com a EDF
 (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

Alstom: aquisição pela Areva de atividades eólicas offshore da Alstom significaria principalmente assumir o contrato com a EDF (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2014 às 10h06.

Paris - O grupo nuclear da França Areva estaria interessado nos contratos de turbinas eólicas da Alstom no exterior, mas quer utilizar a sua própria tecnologia de turbinas em vez da do grupo de engenharia, disse uma fonte com conhecimento direto da situação à Reuters.

A Areva e a Alstom planejam construir 3 mil megawatts (MW) de energia eólica ao largo da costa francesa, para consórcios separados, conforme a intenção do governo de aumentar o uso de energia renovável.

Mas o conglomerado dos Estados Unidos General Electric fez uma oferta de 12,35 bilhões de euros (16,9 bilhões de dólares) pelos negócios de energia da Alstom e diz que estar disposto a vender sua unidade de turbina eólica.

No início deste mês, uma oferta de 4 bilhões de euros (5,6 bilhões de dólares) por dois parques eólicos offshore foi concedida pelo governo francês a um consórcio liderado pela GDF Suez, e a Areva vai construir 124 turbinas de 8 MW -- algumas das maiores do mundo -- com uma capacidade combinada de 1.000 MW para o prejeto.

A Areva vai construir mais 500 megawatts para a Iberdrola da Espanha. A Alstom entretanto foi escolhida para construir 240 turbinas de 6 MW para um consórcio liderado pela empresa EDF que em 2012 ganhou a competição para 1.500 (MW).

Uma aquisição pela Areva de atividades eólicas offshore da Alstom significaria principalmente assumir o contrato com a EDF, já que a Areva não gostaria de oferecer duas tecnologias concorrentes.

A fonte disse que a fusão seria boa para todo o setor, já que muitos competidores no mercado estão perseguindo muito poucos contratos.

"É necessária consolidação. É por isso que a Areva se uniu à Gamesa", disse ele , observando que qualquer movimento seria através da joint venture anunciada em janeiro, com a especialista em turbinas eólicas espanhola.

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