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Área de abastecimento da Petrobras volta a ter prejuízo

No mesmo período do ano passado, a área havia registrado perda de R$ 2,28 bilhões

Petrobras: o prejuízo da área de Abastecimento praticamente anulou o lucro líquido de R$ 10,673 bilhões da área de Exploração e Produção (Bruno Veiga/Divulgação/EXAME)

Petrobras: o prejuízo da área de Abastecimento praticamente anulou o lucro líquido de R$ 10,673 bilhões da área de Exploração e Produção (Bruno Veiga/Divulgação/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 19h15.

São Paulo - A área de Abastecimento da Petrobras voltou a registrar forte prejuízo no segundo trimestre deste ano. Afetada pela política comercial da estatal de não aplicar repasse dos preços internacionais aos produtos vendidos no mercado doméstico, a área reportou prejuízo de R$ 7,03 bilhões entre abril e junho. No mesmo período do ano passado, a área havia registrado perda de R$ 2,28 bilhões.

A alta reflete o efeito do câmbio no período. Com o dólar valorizado em relação ao real, a compra de produtos no mercado externo ficou mais onerosa para a Petrobras. Por isso, a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, reiterou no balanço divulgado na noite da sexta-feira a necessidade de a companhia adotar uma política de paridade entre os valores no Brasil e as cotações do mercado externo. "Estamos trabalhando para recuperar nossa rentabilidade. Desde que assumi a presidência da Petrobras, há cinco meses, venho reiterando nosso comprometimento com a paridade internacional de preços", destacou a executiva no documento.

Preocupada com o resultado deficitário da área de Abastecimento, a diretoria da Petrobras anunciou três elevações de preços desde o final do ano passado. A primeira, em 1º de novembro, elevou o preço da gasolina na refinaria em 10%. O diesel foi reajustado em 2%. Depois, no fim de junho, uma segunda rodada de aumentos foi anunciada, com reajuste de 7,83% na gasolina e 3,94% no diesel. Dias depois, a companhia ainda anunciou reajuste de 6% no preço do diesel. "Esses reajustes são necessários para a financiabilidade do Plano de Negócios e Gestão, para preservarmos nossos limites de alavancagem e para garantir a lucratividade da companhia", disse Graça Foster.

O prejuízo da área de Abastecimento praticamente anulou o lucro líquido de R$ 10,673 bilhões da área de Exploração e Produção (E&P). O resultado ficou 0,7% superior ao registrado no segundo trimestre do ano passado. Destaque também para o prejuízo de R$ 5,329 bilhões na área Corporativa da Petrobras. O balanço não dá detalhes desse resultado.

O lucro líquido da área de Gás e Energia encolheu quase 90% entre o segundo trimestre deste ano e o mesmo período do ano passado, para R$ 86 milhões. A área de Distribuição reportou lucro de R$ 472 milhões, mais de 100% maior do que o lucro de R$ 234 milhões do intervalo entre abril e junho do ano passado. A área de Biocombustível apresentou prejuízo de R$ 113 milhões, ante prejuízo de R$ 37 milhões de 2011. Já a área Internacional registrou queda de 93% no lucro no mesmo comparativo, para R$ 42 milhões.

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