Analistas se animaram com o fato da siderúrgica ter cumprido a meta de reduzir dívida líquida para US$ 22,5 bilhões seis meses antes do prazo (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 7 de fevereiro de 2012 às 08h58.
Bruxelas - A ArcelorMittal, maior produtora de aço do mundo, previu nesta terça-feira que terá um primeiro semestre melhor do que o desempenho obtido no fim do ano passado, com um melhora nítida na América do Norte, embora a Europa ainda seja motivo de preocupação.
A companhia, que produz 7 por cento de todo o aço do mundo, previu nesta terça-feira que as vendas voltarão ao nível do começo de 2011 e que a produção da área de mineração continuará a crescer. Os preços estão se recuperando, mas ainda estão abaixo dos níveis de um ano atrás.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) para os seis primeiros meses do ano deve ficar menor do que há um ano, mas acima do nível do segundo semestre de 2011, disse a ArcelorMittal.
"Estamos vendo um aumento nos embarques e nos preços no primeiro trimestre na Europa e nos Estados Unidos. Então, o mercado de aço está melhor do que no segundo semestre de 2011", declarou o vice-presidente financeiro, Aditya Mittal.
A companhia prevê que a demanda mundial de aço crescerá até 4,6 por cento neste ano, com uma contração de 1,3 por cento na Europa e expansão de 5,5 por cento na América do Norte, 5,2 por cento na China e 5,6 por cento no restante do mundo.
Analistas se animaram com o fato da siderúrgica ter cumprido a meta de reduzir dívida líquida para 22,5 bilhões de dólares seis meses antes do prazo e se mostraram cautelosamente otimistas com o futuro da companhia.
Europa de "crise" para "recessão"
O vice-presidente financeiro da ArcelorMittal disse que a confiança na Europa, onde a empresa vende quase metade do aço que produz, pelo menos melhorou de uma situação de "crise"" para um "cenário de recessão".
Refletindo a situação do continente, a companhia parou nove de seus 25 alto-fornos na Europa, mas nenhum na América do Norte.
A companhia amargou queda de 29 por cento no Ebitda do quarto trimestre, para 1,71 bilhão de dólares, em linha com a média de uma pesquisa da Reuters.
A ArcelorMittal teve uma perda inesperada -de 1 bilhão de dólares- no trimestre por causa de custos de reestruturação em operações europeias desativadas e um grande impacto tributário.
A produção de minério de ferro cresceu 10 por cento em 2011, e a de carvão, 20 por cento. A companhia quer aumentar a produção das duas commodities em 10 por cento cada neste ano.