Fábrica da ArcellorMittal: empresa é o maior produtor de aço do mundo (Mark Renders/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 26 de outubro de 2010 às 07h56.
Bruxelas - A ArcelorMittal, maior grupo produtor de aço do mundo, previu um prolongamento da fraqueza no setor para o quarto trimestre diante de demanda baixa e margens sob pressão.
Analistas estavam esperando uma melhora marginal nas margens em relação ao trimestre de julho a setembro, marcado por uma desaceleração no crescimento da China combinada com fraqueza no setor de construção civil nos Estados Unidos e demanda escassa no sul da Europa.
"Claramente esta foi a grande notícia, que a demanda continuará fraca no quarto trimestre deste ano", disse o vice-presidente financeiro da ArcelorMittal, Aditya Mittal, em teleconferência.
As ações da companhia abriram em queda de 4,9 por cento, exibindo uma das performances mais fracas no índice FTSEurofirst 300, que reúne os principais papeis da Europa.
A companhia, cuja produção é mais que duas vezes maior que a de sua rival mais próxima, informou que seus embarques vão melhorar ligeiramente nos três últimos meses do ano, mas a preços médios menores que no terceiro trimestre e custos maiores com carvão e minério de ferro.
O executivo afirmou que a ArcelorMittal espera que a demanda global por aço cresça 6 por cento em 2011, em linha com a previsão divulgada pela Associação Mundial de Aço (WSA), um ritmo menor que os 13 por cento deste ano.
A empresa também previu que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficará entre 1,5 bilhão e 1,9 bilhão de dólares no quarto trimestre, uma queda de 25 por cento sobre os três meses anteriores.
O mercado, em média, esperava um número de 2,4 bilhões de dólares, segundo uma pesquisa da Reuters com 10 analistas.
O resultado do terceiro trimestre, de 2,27 bilhões de dólares, apesar de ter ficado dentro das expectativas, representou uma queda de 25 por cento sobre o período de abril a junho.
Rivais da ArcelorMittal, como a terceira maior siderúrgica do mundo, a sul-coreana Posco, e a Nucor também divulgaram resultados abaixo do esperado para o terceiro trimestre.