Negócios

ArcelorMittal pode retomar alto-forno de Tubarão em 2014

Equipamento está parado desde o final de 2012 e produz placas de aço, produto semiacabado voltado para exportação


	Produção de aço no Espírito Santo: usina chegou a exportar 5 milhões de toneladas de aço, mas atualmente tem despachado ao exterior apenas 10 por cento desse volume
 (Rich Press/Bloomberg)

Produção de aço no Espírito Santo: usina chegou a exportar 5 milhões de toneladas de aço, mas atualmente tem despachado ao exterior apenas 10 por cento desse volume (Rich Press/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2013 às 18h14.

São Paulo - O grupo siderúrgico ArcelorMittal pode retomar a operação do alto-forno 3 de sua usina de Tubarão, no Espírito Santo, em 2014, afirmou nesta segunda-feira o presidente-executivo da companhia, Lakshmi Mittal.

"Temos todas as intenções de retomar", disse Mittal a jornalistas durante evento do setor em São Paulo.

"Continuamos a investir no Brasil em (aços) longos e planos (...) A planta está em reforma, esperamos que em algum momento do próximo ano a usina esteja pronta, mas depende das condições do mercado", disse o executivo.

O equipamento está parado desde o final de 2012 e produz placas de aço, produto semiacabado voltado para exportação.

Segundo o presidente da ArcelorMittal no Brasil, Benjamin Baptista, a usina de Tubarão é a maior individual em capacidade de produção da companhia no mundo, com 7,5 milhões de toneladas.

Ele afirmou que a intenção da companhia é terminar os trabalhos de reparo do forno em maio, com a decisão sobre a retomada do equipamento, de 2,8 milhões de toneladas de capacidade anual, podendo ser tomada até o início do segundo trimestre do próximo ano.

A usina chegou a exportar 5 milhões de toneladas de aço, mas atualmente tem despachado ao exterior apenas 10 por cento desse volume diante do quadro de excesso de capacidade mundial de aço, que atinge fortemente o segmento de placas.

Baptista disse que a ArcelorMittal Tubarão deve produzir este ano 4,6 milhões de toneladas de aço, das quais 600 mil toneladas serão exportadas e 1,4 milhão serão destinadas à usina do grupo em Santa Catarina, Vega do Sul, mais voltada ao mercado automotivo.

O executivo afirmou que a companhia deve finalizar no quarto trimestre negociações de preços de aço fornecidos a montadoras de veículos do país, mas evitou dar detalhes sobre eventuais reajustes nos preços dos contratos.

Estados Unidos

Mittal evitou fazer comentários sobre aquisições, quando questionado sobre a usina de laminação da ThyssenKrupp nos Estados Unidos.

O executivo afirmou que a economia norte-americana "quase retornou a níveis pré-crise" e que o setor de veículos está produzindo a plena capacidade nos EUA.

Ele afirmou ainda que as projeções da Worldsteel, associação mundial do setor, sobre o mercado norte-americano estão alinhadas com as projeções da ArcelorMittal, maior produtora de aço do mundo.

A entidade informou mais cedo que espera que o consumo aparente de aço nos EUA cresça 3 por cento em 2014, após uma expansão prevista de 0,7 por cento para este ano, para 96,9 milhões de toneladas.

Acompanhe tudo sobre:acoArcelorMittalEmpresasIndústriaSiderurgiaSiderurgia e metalurgia

Mais de Negócios

Azeite a R$ 9, TV a R$ 550: a lógica dos descontaços do Magalu na Black Friday

20 frases inspiradoras de bilionários que vão mudar sua forma de pensar nos negócios

“Reputação é o que dizem quando você não está na sala”, reflete CEO da FSB Holding

EXAME vence premiação de melhor revista e mantém hegemonia no jornalismo econômico