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Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2011 às 12h49.
A Aracruz Celulose informou nesta quarta-feira que não cogita desfazer-se de sua participação acionária na Veracel, uma joint-venture com a Stora Enso. A informação sobre as negociações havia sido publicada pelo jornal Estado de S. Paulo no último dia 14 e reproduzida pelo Portal EXAME.
A Stora Enso teria interesse na compra do ativo e poderia pagar até 2 bilhões de dólares, segundo o Estado de S. Paulo. O dinheiro seria usado para reduzir o endividamento da Aracruz, que perdeu mais de 2,1 bilhões de dólares com operações com derivativos e tenta renegociar o pagamento desses débitos com um conjunto de bancos.
Em ofício encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o diretor financeiro e de relações com investidores da Aracruz, Marcos Grodetzky, diz que não mantém negociações nesse sentido com nenhum representante ou emissário da Stora Enso, maior fabricante de papel do mundo.
Segundo o diretor-presidente da Aracruz Celulose, Carlos Aguiar, a Veracel é uma empresa estrategicamente importante para a Aracruz, tanto pela sua alta eficiência operacional como pelo seu potencial de expansão. “Em nenhum momento cogitamos vender nossa participação na Veracel. Pelo contrário, autorizamos o prosseguimento das aquisições de terras e do desenvolvimento de florestas, bem como com o estudo de viabilidade do projeto de expansão, Veracel 2”, afirmou.
A Veracel Celulose, uma joint venture em que a Aracruz Celulose e a empresa sueco-finlandesa Stora Enso detêm 50% de participação cada uma, é um complexo fabril localizado em Eunápolis, no sul do Estado da Bahia, com capacidade para produzir 1 milhão de toneladas anuais de celulose branqueada de eucalipto. A Veracel possui aproximadamente 90 mil hectares de plantios de eucalipto, entremeados em mosaico com cerca de 115 mil hectares de reservas nativas.